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Reeleição polémica de Carlos João no STBA

Grupo de associados do Sindicato Têxtil da Beira Alta exige anulação do acto eleitoral realizado na última sexta-feira

Um grupo de associados do Sindicato Têxtil da Beira Alta (STBA) exige a anulação do acto eleitoral realizado na última sexta-feira, em que Carlos João foi reconduzido como presidente. Já o sindicalista acusa que o PCP de estar por detrás dos protestos.

Em comunicado, o grupo de associados contestatários diz que a decisão da presidente da Mesa da Assembleia Geral de impugnar o acto eleitoral «fez o presidente do sindicato perder o “verniz” ao ponto de ameaçar não deixar entrar na sede» Maria do Céu Ferreira, a dirigente em questão. Classificando a atitude como um acto de «claro desespero e prepotência», os trabalhadores acusam Carlos João de ter imposto a realização da «farsa eleitoral, fazendo tábua rasa do deferimento pelo órgão competente da impugnação». No mesmo documento pode ler-se que a presidente da Assembleia Geral «deu como provado que os cadernos eleitorais estão viciados, nos quais o presidente e alguns dos seus acólitos “riscam” quem não lhes agrada e mantêm quem já há mais de seis anos trabalha fora do sector, nomeadamente na administração local». Assim, de acordo com estas afirmações, entre outras acusações, exige-se um novo processo eleitoral. Confrontado com as críticas, Carlos João disse que «a melhor resposta» a quem o critica esta no facto de terem votado «54,25 por cento dos associados inscritos, que representam 444 trabalhadores, sendo que desses 96 por cento votaram na única lista concorrente». Afirmando que não vê «qualquer legitimidade» na anulação das eleições por parte da presidente da Assembleia Geral, o dirigente sublinha que recorrerá aos tribunais se for preciso, acrescentando que os «cerca de 10 trabalhadores» que querem novas eleições estão a ser pressionados. «Há má-fé e interesse político do PCP em querer tirar as pessoas que foram eleitas democraticamente, mas que não se sujeitam às suas pretensões», acusa. Apesar das tentativas, não foi possível contactar Maria do Céu Ferreira até à hora do fecho desta edição.

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