A fibra ótica vai chegar aos concelhos de Aguiar da Beira, Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Manteigas, Mêda, Penamacor, Pinhel, Sabugal e Trancoso. A instalação faz parte do projeto das Redes de Nova Geração (RNG) rurais da zona Centro, apresentado na semana passada em Penacova (Coimbra).
Trata-se de construir, explorar e manter esta rede de fibra ótica em “triple play”, opção que vai permitir assegurar um melhor serviço de telefone, televisão e Internet de alta velocidade nas localidades abrangidas. A empreitada foi adjudicada à Fibroglobal, empresa participada da Visabeira, e vai desenvolver-se em 42 concelhos dos distritos de Aveiro, Guarda, Castelo Branco, Santarém, Coimbra, Leiria e Viseu. O investimento previsto e de 46,8 milhões de euros, dos quais 30,3 milhões são financiados por fundos comunitários. Serão instalados 7.600 quilómetros de cabos de fibra ótica para abranger uma população de 200 mil pessoas, a que corresponde um total de 70 mil habitações e cerca de 15.500 empresas. Segundo o Governo, as RNG decorrem da estratégia de modernização e desenvolvimento definida pelo Plano Tecnológico. Estas redes, que são constituídas por fibra ótica, proporcionam serviços de telecomunicações mais rápidos, permitindo à generalidade dos consumidores o acesso livre a produtos e serviços tecnologicamente inovadores.
Na cerimónia, realizada no passado dia 9 e que consistiu na ligação da escola de Penacova, o primeiro-ministro afirmou que as RNG são uma aposta «absolutamente essencial»: «O nosso objetivo é que todos os portugueses tenham o mesmo acesso àquilo que esta revolução tecnológica pode propiciar». Por isso, este investimento pretende «garantir a igualdade de oportunidades» em todo o país e contribuir «para que se esbatam as desigualdades e as assimetrias» entre o litoral e o interior, «não deixando este para trás, como noutras alturas». José Sócrates recordou ainda que Portugal é o único país da União Europeia que decidiu instalar estas redes «ao mesmo tempo e com o objetivo de cobrir todo o território nacional», uma vez que esta infraestrutura «é absolutamente essencial para o desenvolvimento do país». Atualmente, Portugal já tem 75 por cento do território coberto pelas RNG, garantindo um acesso potencial de sete milhões de pessoas.
Luis Martins
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