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Rede de ensino superior deve ser gerida por órgão nacional

• defende o Presidente do IPG

“As universidades e politécnicos situados em zonas menos desenvolvidas, podem e devem constituir-se como pilares fundamentais no fomento da coesão territorial e, de forma sustentada, contribuir para a redução das disparidades dos níveis de desenvolvimento entre as regiões”.

Esta a opinião do Presidente do Instituto Politécnico da Guarda, Constantino Rei, expressa no decorrer da sessão solene de abertura do ano académico 2013/2014.

Na sua perspetiva, o reforço deste papel das instituições de ensino superior “mesmo tendo como pano de fundo as dificuldades persistentes que a União Europeia em geral, e Portugal, em particular, atravessam, exige novas respostas que possam permitir alcançar um novo paradigma de desenvolvimento”.

Constantino Rei considerou que as opções estratégicas definidas no “quadro das políticas públicas, nomeadamente para o próximo quadro comunitário de apoio, e que na região, assentarão na recém-criada Comunidade Intermunicipal da Beira e Serra da Estrela, representam uma oportunidade única para o futuro da região”.

Por outro lado, como referiu, a “quebra demográfica, a crise económica que afeta as famílias, e a massificação da educação básica e secundária alteraram significativamente não só a base de recrutamento dos estudantes do ensino superior, mas também as condições de frequência do mesmo”.

O Presidente do Instituto Politécnico da Guarda afirmou também que “precisamos acordar para a realidade, encarar a tempestade de frente e não nos refugiarmos no meio do rebanho, na esperança que ele nos proteja”, salientando não se poder em função de “estratégias de poder, sejam elas individuais ou coletivas, seja por qualquer outra motivação, esconder a cabeça debaixo da areia e fazer de conta que nada se passa.”

Constantino Rei defendeu que a rede de ensino superior “deve ser gerida e articulada por um órgão de dimensão nacional, que permita uma visão de conjunto da rede, dos cursos e instituições, possibilitando que se proceda a uma gestão concreta face à dimensão do país e das próprias regiões”.

No decorrer da sua intervenção, o Presidente do IPG clarificou que “consórcios, acordos, articulação regional entre instituições, só por si não são solução (mas podem fazer parte da solução), muito menos ao nível das microrregiões que foram introduzidas no despacho anual de vagas do SEES. Suponho que terá ficado provado que se tratou de um exercício inútil: não houve, como era de esperar, nenhuma coordenação regional. Estou convicto que também a não haverá no futuro”.

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