A candidatura “Rede Património de Cidades” vai receber 10 milhões de euros do FEDER para iniciativas culturais e de promoção turística e patrimonial nas quatro cidades da Beira Interior.
Pela primeira vez, a Guarda, Covilhã, Fundão e Castelo Branco apresentaram em conjunto investimentos num valor global de 15 milhões de euros e o ineditismo desta cooperação deu frutos. A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro (CCDRC) validou o projecto, apresentado no âmbito das Redes Urbanas para a Competitividade e Inovação, do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). Dizendo-se satisfeito com a aprovação, Joaquim Valente, autarca da Guarda, adiantou que o programa destina-se «a ultrapassar as fragilidades das cidades através de estratégias de cooperação inter-urbana e da constituição de redes urbanas com dimensão e massa crítica suficientes para desenvolver novas funções e atrair actividades inovadoras». A verba atribuída representa 70 por cento do investimento candidatado, sendo que cada autarquia vai receber três milhões de euros para desenvolver projectos próprios nos próximos três anos.
No caso da Guarda, a Câmara lidera o projecto de criação de uma plataforma digital turística da rede, tirando partido da capacidade instalada da Associação Distrital para a Sociedade da Informação. A cidade mais alta vai ainda construir um Centro de Interpretação do Mundo Romano (um milhão de euros), aproveitando os vestígios arqueológicos do Mileu e criação a Casa da Memória, da Identidade e do Património (750 mil euros) na actual Mediateca VIII Centenário. O município propõe-se ainda requalificar e musealizar o primitivo castelo medieval da Guarda (750 mil euros), situado no Torreão; apoiar a recuperação de fachadas e telhados do centro histórico (400 mil euros) e organizar o evento do ‘Julgamento e Morte do Galo do Entrudo’ (250 mil euros). A Covilhã, o Fundão e Castelo Branco têm vários projectos de âmbito local, como rotas urbanas, requalificação urbana nas zonas históricas e eventos culturais e de lazer.