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Recrutamento de médicos espanhóis já começou

CHCB deslocou-se hoje a Madrid para contactar com os profissionais espanhóis que poderão trabalhar na região

O presidente do Conselho de Administração (CA) do Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) deslocou-se a Madrid, a convite do Ilustre Colégio Oficial de Médicos de Madrid, para reunir com médicos «não colocados» em Espanha. A iniciativa serve para entrar em «contacto» com profissionais que interessem contratar para áreas específicas, como a anestesia, a medicina interna, urologia, neurologia, pediatria e anatomia patológica.

Serviços que requerem «especialistas», mas que não se encontram disponíveis em Portugal devido à má distribuição dos clínicos nas últimas décadas. Miguel Castelo Branco, presidente do CA do CHCB, encontra aqui a possibilidade de «contactar» com profissionais bastante qualificados para as áreas em que as duas estruturas agregadas ao CHCB – os hospitais Pêro da Covilhã e do Fundão – se sentem carenciadas. A visita a Madrid, onde estarão também representantes do Hospital Amato Lusitano, de Castelo Branco, servirá para que os hospitais verifiquem se «há médicos disponíveis» para assim poder recolher os «currículos e analisá-los», pelo que «a contratação nunca ficará pronta de imediato», explica a “O Interior” Miguel Castelo Branco. Recorde-se que em Agosto passado, o presidente do CA do CHCB considerava os espanhóis «bons profissionais devido ao processo de qualificação», além de abonarem a seu favor características como «a proximidade cultural e linguística».

Além disso, Castelo Branco apontou ainda como uma vantagem desta contratação a necessidade de aumentar a resposta nas áreas cirúrgicas, ambulatórias, de diagnóstico e para melhorar a qualidade da oferta do próprio hospital, apontando na altura a necessidade de crescer em alguns serviços. O número de profissionais a contratar pelo Cova da Beira ainda não está definido, pois tudo vai depender das especialidades e da «disponibilidade» dos médicos, refere, mas, ao que tudo indica, a vinda de clínicos espanhóis para a Covilhã é quase uma certeza. É que, ao contrário de Portugal, o país vizinho possui mais oferta do que procura, pelo que existem médicos no desemprego.

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