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Recordar Agostinho da Silva

As comemorações do centenário do nascimento de Agostinho da Silva terminaram no último fim-de-semana, em Barca d’Alva, terra onde o filósofo viveu até aos seis anos. A homenagem, organizada pela Comissão Executiva das Comemorações dos 250 Anos da Região Demarcada do Douro e a Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo, contou com a presença do ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, e um dos filhos do pedagogo, Pedro Agostinho da Silva. Para o governante, o filósofo foi «um vulto nacional e mundial», que se evidenciou por valores como a liberdade, a criação cultural, a lusofonia e o ensaísmo, acrescentando que «Portugal está a perder uma “plêiade” de ensaístas que marcaram o século XX». Na cerimónia, Pedro Agostinho da Silva recordou o pai como um homem simples, «que sempre esteve interessado nas pessoas que trabalhavam com as mãos e nos aspectos técnicos desse trabalho». O filho recebeu ainda do edil local, António Edmundo, as chaves da vila. Recorde-se que Agostinho da Silva esteve preso no Aljube (Lisboa) devido a polémicas com o Estado Novo, optando depois por se exilar no Brasil. Faleceu em Lisboa a 3 de Abril de 1994, deixando uma obra vastíssima que inclui textos pedagógicos, ensaios filosóficos, poemas e estudos sobre história e cultura.

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