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“Reciclar Recordações” com jogos tradicionais

Cerca de 900 crianças vão dar amanhã um colorido diferente ao parque municipal da Guarda

Depois do sucesso alcançado no ano passado com centenas de crianças a lançarem o pião na Praça Velha, o Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque, na Guarda, aposta desta vez noutro final de ano letivo diferente para os seus alunos da educação pré-escolar e do primeiro ciclo que vão praticar mais jogos tradicionais.

“Reciclar Recordações” é o nome da iniciativa agendada para amanhã, entre as 10h30 e 15h30 no parque municipal, em colaboração com a Associação de Jogos Tradicionais da Guarda (AJTG), Câmara Municipal e Centro Cultural. Isabel Rato, assessora da direção do Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque, explica que a iniciativa «é o culminar de um projeto iniciado a nível do pré-escolar e do primeiro ciclo na sequência de uma atividade feita no ano passado na Praça Velha sobre o pião». Devido à «grande participação que tivemos, quer da comunidade, quer das crianças, foi-nos lançado o repto de alargar esta atividade e ir buscar vários jogos tradicionais», acrescentou a docente. A iniciativa destina-se apenas a alunos do pré-escolar e primeiro ciclo do Agrupamento, num total de cerca de 900 crianças, embora a atividade deva reunir perto de um milhar de pessoas, contabilizando com os docentes e o pessoal auxiliar.

Já o presidente da AJTG indicou alguns dos jogos tradicionais que as crianças vão praticar amanhã. Do salto à corda à luta de tração com corda ou humana, passando pelos jogos do barril, do sapo, do burro, das andas e bilhar holandês, sem esquecer a macaca ou o lançamento do pião, a que se juntará um ateliê de pintura destes objetos, há ingredientes de sobra para uma despedida em grande estilo do ano letivo. Norberto Gonçalves adianta que a atividade «culmina em grande» com o jogo do cadiacho, «um jogo bailado ou uma dança jogada» que consiste num mastro a que vão estar presas 20 fitas vermelhas e brancas, «as cores da cidade». Segue-se um baile de roda em que os miúdos andam à volta ao toque da concertina do Centro Cultural da Guarda e vão cantar a letra do cadiacho. Trata-se de uma «dança de grande interatividade entre os participantes e de grande impacto visual», sendo que o objetivo é «acabar em festa e mostrar às crianças que um dia com jogos e as práticas lúdicas tradicionais é uma possibilidade de ocupação dos tempos livres», num «património que urge defender», declarou o presidente da AJTG.

Ricardo Cordeiro

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