A Câmara da Covilhã foi oficialmente informada, pelo clube organizador, da decisão de não realizar a Rampa Internacional de Portugal – Serra da Estrela, já a partir do próximo ano.
O Automóvel Clube de Portugal (ACP) invoca «a escassez de apoios que permita atingir um desejado equilíbrio financeiro em termos organizativos», adianta um documento da autarquia. «Esta prova automobilística, dada a sua relevância turística regional, vinha sendo apoiada financeiramente pela Turismo Serra da Estrela (TSE), tendo sempre este município colaborado com a logística que a organização solicitou ao longo dos anos», acrescenta o município. Segundo o ACP, não foi possível, até ao momento, reunir os patrocínios e apoios necessários para viabilizar a prova em 2011, mas a Câmara presidida por Carlos Pinto «reitera a sua disponibilidade para, nos moldes habituais, continuar a colaborar com a organização, fornecendo o apoio logístico necessário, que, se contabilizado, representa milhares de euros».
A edilidade não entende que a entidade regional de turismo «não encontre forma de apoiar um evento que sempre defendeu, e propalou, como de vital importância turística para a região», considerando «profundamente lamentável» que a organização ainda não tenha recebido os montantes prometidos pela TSE para a última edição. Por seu turno, aquela entidade alega que a não realização da Rampa se deve «ao aumento do custo financeiro da prova, que passou de 25 mil euros em 2007, para 50 mil no ano seguinte e 100 mil em 2010», adiantando que, para 2011, «de forma unilateral, o ACP exigiu 130 mil euros e, pela primeira vez, uma garantia bancária», refere a TSE em comunicado. O mesmo documento – que sublinha o pagamento de «todos os valores anteriores» por parte da Turismo Serra da Estrela, acrescentando que a Câmara da Covilhã não comparticipou «nenhum deles» – recorda que a autarquia em causa «não participa, nem é membro da Turismo Serra da Estrela». E que se esta «vier a rever a ausência de contributo financeiro, de imediato será reaberto o processo negocial para a Rampa 2011».
Rafael Mangana
