Arquivo

«Queremos o alargamento da oferta formativa na Escola Superior de Saúde»

Cara a Cara – Entrevista: Paula Coutinho

P – Quais são os seus projectos para a Escola Superior de Saúde (ESS) da Guarda?

R – A escola tem-se afirmado ao longo do tempo pela qualidade da sua formação e dos técnicos que forma, inicialmente na área da Enfermagem e depois em Farmácia. É um aspecto que pretendemos manter. Mas temos também um plano que foi definido para o alargamento da área das Tecnologias da Saúde. Queremos também o alargamento da oferta formativa a outras áreas das ciências, ao nível das licenciaturas. Estamos a trabalhar num projecto, em parceria com a Escola Superior de Tecnologias da Saúde do Porto, para apostarmos em áreas como a Terapia Ocupacional e a Terapia da Fala, que são consideradas áreas de futuro e com futuro. O que é uma evidência para todos é que as actuais instalações da escola nos estão a limitar, de forma a continuarmos a garantir uma formação de excelência. Precisamos, por exemplo, de mais laboratórios, onde se possa investir em metodologias mais activas.

P – No seu entender, qual é a melhor opção para as instalações? Um novo edifício ou a remodelação do actual?

R- A evidência é que as actuais instalações não nos permitem garantir a qualidade da nossa formação, não nos permitem alargar a oferta formativa nem desenvolver mais projectos de investigação, para prestarmos serviços à comunidade de forma mais efectiva, mais real. É uma questão que está a ser analisada e certamente que a escola, juntamente com a presidência do Instituto Politécnico, encontrará a melhor solução. Para mim, o melhor é ter uma escola nova, no campus do IPG ou na actual localização. A construção de um edifício de raiz tem as suas vantagens e a deslocação para o campus, numa cidade como a Guarda, não é uma distância física que seja limitativa para continuarmos a trabalhar com a Unidade Local de Saúde.

P – Para além das instalações, quais são as carências mais visíveis da escola?

R – Temos o conforto da nossa competência técnico-cientifica, mas naturalmente que estamos de algum modo limitados pelas instalações. É um facto. Mas queremos ao mesmo tempo crescer. Para termos mais cursos, professores, serviços e conhecimentos, é necessário ter mais espaço para a reflexão e investigação. Os aspectos físicos e humanos são fundamentais. Através da qualificação dos quadros docente e não docente é possível criar mais oportunidades para os estudantes desenvolverem várias competências.

P – Que outras medidas serão necessárias para melhorar esses aspectos?

R – Temos de consolidar os projectos das novas licenciaturas e dos dois mestrados que temos a funcionar actualmente. Temos de manter a nossa resposta nos diferentes momentos para todos os profissionais. Certamente que a própria consolidação do quadro dos docentes e dos não-docentes vai garantir a evolução, o desenvolvimento e o crescimento da escola.

P – Com as novas instalações será então possível alargar a oferta formativa, por exemplo, ao nível dos mestrados?

R – Sim, aliás, a escola está a tentar estabelecer parcerias, nomeadamente com a escola do Porto que já referi, não só no desenvolvimento de novos cursos de primeiro ciclo, como também no desenvolvimento de pós-graduações e mestrados. Temos, nomeadamente, um projecto em comum com a Universidade da Beira Interior, no âmbito de um Curso de Especialização Tecnológica em Emergência Médica. Penso que continua a haver disponibilidade por parte da UBI para ampliarmos essa parceria e estudarmos também a possibilidade de criação de terceiros ciclos no domínio das ciências e das tecnologias.

P – Que comentário faz sobre o processo que levou à sua nomeação?

R – Relativamente a esse aspecto e, como referi na tomada de posse, não queria comentar porque todos os esclarecimentos e justificações foram dadas por quem de direito. Sinto-me muito confortável, pois, além de ter sido uma escolha do senhor presidente do IPG, sinto também o conforto do apoio e da confiança de todos os meus colegas, que entenderam que se sentiam representados na minha pessoa para o desenvolvimento do projecto que temos em comum. Ou seja, o desenvolvimento da nossa escola.

Paula Coutinho

«Queremos o alargamento da oferta formativa
        na Escola Superior de Saúde»

Sobre o autor

Leave a Reply