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«Queremos chamar à atenção das pessoas e chamar os animais às pessoas»

Cara a Cara – Entrevista: Maria Teresa Duran

P – Como correu a segunda “Cãominhada”?

R – Correu bem. A segunda “Cãominhada” teve mais adesão que a primeira. Este ano participaram 70 pessoas e 44 animais. Aquilo que não correu tão bem foi o facto das pessoas não terem lido o regulamento com atenção, que definia as inscrições até dia 15 para se ir buscar um cão ao canil municipal para ser levado nesta iniciativa. Muitas dessas pessoas não os puderam levar porque foram lá um dia antes da “Cãominhada” e os cães não estavam desparasitados nem vacinados. Os participantes esqueceram-se que esses animais tinham que ser escolhidos com alguma antecedência.

P – O que se pretendeu com a iniciativa?

R – O objectivo foi proporcionar um dia fantástico às pessoas e aos animais. Este ano incluímos ainda a participação de cães do canil municipal para que estes pudessem ter um dia diferente, dando também às pessoas a possibilidade de serem voluntárias por um dia. Queremos chamar à atenção das pessoas e chamar os animais às pessoas, que muitas das vezes não se deslocam ao canil municipal.

P – Há um ano a associação manifestou disponibilidade para colaborar com o canil municipal. Como está esse processo?

R – Na verdade a associação colabora com o canil municipal desde 2008 e tem corrido bem. Fazemos a divulgação dos animais, promovemos campanhas de adopção e temos proporcionado algumas melhorias. Oferecemos camas de plástico por forma a que cada um dos animais possa ter um “ninho” para se recolher, comprámos comedouros de inox. No Inverno levamos algumas mantas, as lâmpadas de aquecimento passaram a estar acesas e a proporcionar uma temperatura mais amena.

P – E como está neste momento o processo do futuro canil da associação?

R – A Câmara da Guarda já cedeu o terreno, o projecto está a decorrer – já vimos a planta – e já foram feitas alterações para que cumpra todos os requisitos para ser licenciado. Será um centro de adopção, com instalações para canil e gatil, como uma filosofia diferente. Não será propriamente um depósito de animais. Queríamos também ter a possibilidade de esterilizar os animais que temos para a adopção. Há empenho por parte da autarquia para que se possam construir instalações onde os animais sejam bem tratados e esperemos ter esse espaço o mais brevemente possível.

P – Que outros projectos tem em mente para o futuro?

R – É continuar com as campanhas de adopção e angariar voluntários e sócios, porque de outra forma não conseguimos atingir os nossos objectivos. No futuro, o tal centro de adopção terá também uma componente pedagógica, com a visita de escolas e programas algo diferentes. Para isso, precisamos também de parceiros, outras instituições e entidades, e necessitamos de todo o tipo de apoios.

P – Como correu a segunda “Cãominhada”?

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