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Quem não marca… empata

Mileu reparte pontos na Mêda, onde contou com a “estrelinha” da sorte

Após duas jornadas no Distrital da Guarda, Sporting da Mêda e Mileu-Guarda, dois candidatos aos primeiros lugares, continuam sem conhecer o sabor da vitória. As duas equipas encontraram-se no último domingo e não foram além de um empate a zero, num jogo em que o conjunto da casa desperdiçou as melhores oportunidades para marcar.

A partida começou equilibrada, mas foi o Mileu a criar a primeira jogada de algum perigo, aos 2’, com Tiago a ganhar um lance no flanco direito e a cruzar para a área, onde Paulo Jesus afastou o perigo com uma palmada na bola. A partir daqui, o Mêda passou a exercer maior domínio, embora sem criar situações de perigo. Aos 17’, Pedro Ribeiro arrancou um bom remate de fora da área, mas Nuno Morais defendeu bem. Com os jogadores a acusarem o intenso calor que fez sentir, a partida decaiu de qualidade e foi muito disputada a meio-campo. À passagem da meia hora de jogo, João Borrego fez entrar Joca para junto de Paulo João e colocou Edson na ala direita. Contudo, foi o Mileu que voltou a incomodar a defensiva medense, com Bobô a cabecear forte, ligeiramente ao lado do poste direito. Até que aos 41’ Paulo João teve nos pés uma soberana oportunidade para inaugurar o marcador, mas, em zona frontal e com tudo para marcar, rematou ao lado depois de um excelente cruzamento de Pedro Ribeiro na direita. No regresso das cabinas, o técnico visitado fez duas alterações para melhorar o rendimento da sua equipa e conseguiu-o. A Mêda entrou melhor e aos 53’ beneficiou de mais uma boa oportunidade para marcar. Edson aproveitou uma desatenção da defesa visitante para surgir isolado frente ao guardião, mas rematou rente ao poste.

Apesar deste prenúncio de que o encontro poderia melhorar, o jogo entrou rapidamente na mesma toada do primeiro tempo, com muita luta e pouco discernimento. Contudo, no espaço de três minutos, a equipa da casa criou outras tantas jogadas de perigo, empurrando o Mileu para a sua defesa. Aos 74’, Guerra, descaído para o lado direito, rematou fortíssimo e obrigou Nuno Morais à defesa da tarde. No ressalto, um cabeceamento de Calhotas enviou a bola à barra. Logo a seguir, Paulo João atirou novamente à barra depois de um bom cruzamento da direita. Aos 76’, na sequência de um canto e aproveitando a apatia da defesa guardense, foi a vez de Nuno Carvalho cabecear com perigo. Veio depois a acalmia, com um remate para cada lado por Tiago (Mileu) e Calhotas. No final, o nulo castigou a inoperância atacante das duas equipas, principalmente do Mêda. O jovem árbitro Luís Brás, bastante elogiado pelos dois técnicos – apesar de se ter “esquecido” dos cartões no primeiro tempo -, realizou um trabalho aceitável, sem interferência no resultado.

No final, João Borrego reconheceu que o Mêda «não esteve ao seu nível na primeira parte» e considerou o empate uma «injustiça» pelo que a sua equipa fez durante o segundo tempo «em que tivemos várias jogadas para golo». Por sua vez, Liberalino Almeida realçou que as duas equipas protagonizaram um «bom jogo, com um resultado justo, porque ambas trabalharam bem e procuraram ganhar a partida».

Ricardo Cordeiro

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