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Quebras de tráfego acentuam-se na A23 e A25

Dados do primeiro trimestre de 2012 revelam que auto-estrada da Beira Interior perdeu quase 40 por cento dos veículos comparativamente ao mesmo período de 2011

O tráfego na antiga SCUT da Beira Interior (A23) caiu 39,8 por cento entre os primeiros trimestres de 2011 e 2012. Segundo o mais recente relatório do Instituto de Infraestruturas Rodoviárias (INIR), divulgado esta semana, entre janeiro e março deste ano aquela concessão, portajada desde dezembro, registou um Tráfego Médio Diário (TMD) de 6.194 viaturas, quando um ano antes esse tráfego foi de 10.288.

De acordo com estes dados, a A23 é a segunda mais afetada pela cobrança de portagens, a seguir à Via do Infante (A22), onde a circulação caiu mais de 56 por cento. A mesma tendência de diminuição de tráfego verifica-se também na ex-SCUT das Beiras Litoral e Alta (A25), que passou de um TMD no primeiro trimestre de 2011 de 12.821 viaturas para cerca de 9.773 em 2012. Segundo o INIR, a quebra foi de 23,8 por cento no primeiro trimestre deste ano. Já a antiga SCUT do Algarve (A22) perdeu mais de 56 por cento de veículos entre janeiro e março de 2012, período em que registou um TMD de 5.588 viaturas. No primeiro trimestre de 2011, ainda sem a aplicação de portagens, aquela auto-estrada teve um movimento diário de 12.889 viaturas. Assim, face ao ano anterior, segundo o INIR, a quebra do tráfego na A22 foi de 56,7 por cento.

Quanto à concessão Interior Norte (A24), o movimento diário nos primeiros três meses de 2011 foi de 6.071 viaturas mas, este ano, baixou para 3.684, ou seja menos 39,3 por cento. Recorde-se que a estas vias, portajadas apenas desde dezembro de 2011, somam-se ainda as três antigas concessões SCUT do Norte, que receberam portagens em outubro de 2010. O Governo anunciou recentemente que deverá apresentar no final deste mês um diagnóstico sobre os primeiros seis meses de portagens nas ex-SCUT, a partir do qual tomará novas decisões, anunciou o secretário de Estado das Obras Públicas na passada sexta-feira. Sérgio Monteiro, secretário de Estado das Obras Públicas, adiantou que se trata de avaliar o impacto da cobrança de portagens na atividade económica das regiões servidas por estas auto-estradas, mas também de apurar se é necessário reforçar a manutenção e reparação das estradas secundárias, o aumento da sinistralidade e a forma de recuperar o tráfego para as melhores vias. Contudo, o governante escusou-se a referir que tipo de medidas poderão vir a ser anunciadas.

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