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Quase metade da população portuguesa estaria em risco de pobreza se não recebesse pensões ou subsídios

Dados do INE mostram que se fossem considerados apenas os rendimentos do trabalho, 46,3 por cento da população residente em Portugal estaria em risco de pobreza em 2015.

Analisando os riscos de pobreza da população empregada e desempregada, o INE verificou que as taxas se mantiveram face ao ano anterior, atingido os 10,9 por cento e 42 por cento, respetivamente.

De acordo com o INE, manteve-se uma «forte desigualdade» na distribuição dos rendimentos, embora com uma ligeira redução: o coeficiente de Gini passou de 34 por cento em 2014, para 33,9 por cento em 2015, e o rácio S80/S201 reduziu-se de 6,0 em 2014, para 5,9 em 2015.

Considerando apenas os rendimentos do trabalho, de capital e transferências privadas, o INE indica que 46,3 por cento da população residente em Portugal estaria em risco de pobreza em 2015. «Os rendimentos provenientes de pensões de reforma e sobrevivência contribuíram em 2015 para um decréscimo de 21,2 p.p. do risco de pobreza, resultando assim numa taxa de risco de pobreza após pensões e antes de transferências sociais de 25,1 por cento», acrescenta.

O contributo das transferências sociais, relacionadas com a doença e incapacidade, família, desemprego e inclusão social para a redução do risco de pobreza em 2015 foi de 6,1 p.p., reduzindo-se novamente face ao ano anterior (7,2 p.p. em 2013 e 6,9 p.p. em 2014). Por fim, a taxa de intensidade da pobreza, que mede em termos percentuais a insuficiência de recursos da população em risco de pobreza, foi de 26,6 por cento em 2015, reduzindo-se em 2,4 p.p. face ao défice de recursos registado no ano anterior (29,0 por cento) e 3,7 p.p. face ao registado em 2013 (30,3 por cento).

De acordo com o INE, em Portugal, ser pobre é auferir um rendimento monetário líquido anual por adulto «inferior a 5.268 euros (439 euros por mês)».

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