O presidente da Câmara do Fundão defende, a par da Covilhã, Belmonte e Penamacor, o modelo de descentralização que permite «congregar numa mesma comunidade os distritos da Guarda e de Castelo Branco» por ser esta a «plataforma entre a Europa e o litoral do país». Para Manuel Frexes, «qualquer solução fora disto é irrealista e absurda», uma vez que é através das grandes Comunidades Urbanas que se podem «negociar» os projectos a apoiar pelo IV QCA. Facto para o qual o primeiro-ministro, Durão Barroso, já tinha também chamado a atenção em Macedo de Cavaleiros, ao apelar para a existência de apenas uma grande comunidade em Trás-os-Montes, pois os fundos comunitários não irão apoiar projectos pequenos. «A Guarda e Castelo Branco têm que entender isto e chegar a esta conclusão», espera Manuel Frexes, para quem «já não existe opção de escolha»: ou os autarcas da Guarda e Castelo Branco se entendem, e «não criam mais pretextos para fugirem ao inevitável» – uma comunidade entre os distritos –, ou, caso contrário, «ficaremos todos a perder», avisa. Admitindo estar «preocupado» com esta indecisão a Norte e a Sul da Cova da Beira, o edil espera que até ao próximo dia 15 de Fevereiro os autarcas se decidam a favor de uma «região mais próspera». Ainda para mais quando diz «não compreender» a justificação dada pelos municípios de Castelo Branco e da Guarda para não se unirem. «É um absurdo», considera.
