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Pura descriminação com a Rua de São Pedro, em Vila Franca das Naves

Vila Franca das Naves, situada num ponto estratégico da Beira Alta, em tempos terra com futuro promissor, foi perdendo o seu fulgor e a sua garra por falta de bairrismo.

(…) Vila Franca das Naves que já foi Vila, enquanto Aldeia, hoje que é vila parou no tempo.

Em tempos foi um grande centro de negócios, comércio e desenvolvimento graças à vida comercial que por aqui florescia. Lembro-me com saudades do comércio que se fazia na Rua de São Pedro, mais conhecida como Rua da Póvoa. Muitas das praças do país eram abastecidas pelos produtos que se comercializavam nesta rua – entre outros a batata, a castanha, o melão, marmelos, móveis etc. O dinamismo de outrora deixou saudades.

Hoje, os tempos são outros, os nossos autarcas passaram só a considerar Vila, a Rua do Comercio, apesar da Rua de São Pedro ainda ter mais de uma dezena de comerciantes, mas é tratada como se a outra localidade pertencesse.

Pequenos pontos, que fazem grande diferença.

Conjugar bens e deveres, não é o lema desta Junta de Freguesia, juntamente com os elementos da Assembleia de Freguesia.

Sim, porque a eles também pertence chamar a atenção, reivindicar, anular, aprovar ou até divulgar estes pequenos grandes problemas que fariam a diferença, ouvir e seguir a voz dos deveres é um bem que a eles também diz respeito.

(…) Os sentimentos dos autarcas movem-se quando se descobre no dever o seu aspecto de beleza.

Sim beleza! (…)

Pergunto: Porque é que a Rua de São Pedro não tem direito sequer a uma única iluminação de Natal, quando se nota uma concentrada e exagerada na Rua do Comercio.

Pergunto: Porque é que a Junta de Freguesia fez uns metros de passeio, num ponto estratégico e se esqueceu de acabar o resto da Rua.

-Estes dois ponto, são vergonhosos e revoltantes Senhor Presidente da Junta (…)

Então os outros habitantes da Rua não são contribuintes?

Eu relembro os passeios de terra batida à frente do Café São Pedro, e todo o percurso que leva ao final da Rua é pura lama no Inverno. Será que nenhum elemento da Assembleia de Freguesia vê isto?

O modo normal de contribuir para o bem comum é desempenhar bem o trabalho que lhes foi confiado, seja ele qual for.

Depois, cuidar das pessoas que de nós dependem e também ajudar a conservar e fazer crescer todos os bens da comunidade que os elegeram. Para isso é que foram eleitos.

Na realidade, esta revolta, ou chamada de atenção não é só minha, senão nem sequer me manifestava, mas já ouvi dezenas de pessoas da Rua e todas com a mesma opinião – Descriminação com a Rua de São Pedro.

É lamentável a falta de iniciativa para desenvolver e embelezar a Vila. A comunidade deve ser tratada como se da nossa casa se tratasse, mantendo-se bela e virada para o futuro, senão corremos o risco de o telhado nos cair em cima. Neste caso, de colocarmos os pés na lama.

Maria Clara Correia, Vila Franca das Naves

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