A concelhia do PSD da Guarda responsabiliza a gestão do actual executivo socialista da autarquia pela lentidão com que estão a desenvolver-se projectos como a PLIE – Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial, a Estrada Verde e a ligação do antigo Matadouro à VICEG. Em conferência de imprensa, na última segunda-feira, Zita Vaz, líder da concelhia social-democrata, considerou que a gestão de Joaquim Valente é «uma profunda desilusão», após ter gerado «muitas expectativas».
«Esperava-se uma nova atitude do PS na gestão do concelho, mas a Guarda continua refém do poder da estrutura interna da autarquia, não conseguindo libertar-se desse “polvo” invisível que tudo enreda, complica e nada resolve», acusa. Por outro lado, Zita Vaz constata que a PLIE continua no papel há mais de seis anos e tarda a ficar pronta: «Um projecto considerado pioneiro em 2002 está agora a perder a dianteira e, por este andar, sujeita-se a perder fundos», alerta, exigindo «acção» por parte da Câmara. Também as expectativas «goradas» em torno do consórcio Novas Energias Ibéricas foram alvo das críticas dos social-democratas, que questionam agora a existência de alternativas: «Não terá sido exagerado o envolvimento com a Iberdrola para agora abordar o vencedor com o objectivo de poder vir a instalar-se no mesmo espaço previsto para as Novas Energias Ibéricas?», interroga a dirigente. No campo das acessibilidades, Zita Vaz disse não compreender o «enorme atraso» da Estrada Verde e da Alameda da Ti’Jaquina. «Não pode haver motivos técnico-jurídicos que justifiquem um atraso de seis anos ou mais», sublinhou, denunciando ainda a «falta de influência» da Guarda junto do poder central em matéria de ensino superior. A resposta de Joaquim Valente, presidente da Câmara da Guarda, não se fez esperar: «Não me espanta. Vejo isto de uma forma muito natural porque já estou habituado a que, ao longo dos anos, o PSD diga mal de tudo aquilo que se faz na Guarda», contra-atacou.