Jorge Coelho disse segunda-feira que o PS tem uma «obra notável» para mostrar na Guarda, enquanto a «potencial candidata» do PSD só tem palavras. Na sua opinião, Ana Manso «tanto falou quando era oposição que já se cansou, agora que o Governo que apoia faz tudo ao contrário do que acontecia no passado», considera o coordenador nacional do PS para as autárquicas, para quem os guardenses vão ter nas próximas autárquicas que «comparar entre quem faz obra e quem só fala». O dirigente nacional esteve na cidade para participar numa reunião de dirigentes distritais e concelhios socialistas com vista à preparação das eleições locais de Outubro. O objectivo do PS é ter todos os candidatos escolhidos até ao final de Janeiro, estando já agendada para Março uma convenção nacional. Jorge Coelho disse que a «grande bandeira» eleitoral do Partido Socialista residirá na apresentação de uma nova lei de financiamento autárquico, que «evite que os municípios estejam tão dependentes da área da construção como estão hoje». Outra assentará na participação de mais mulheres e independentes nas listas aos diversos órgãos autárquicos. «Queremos abrir o partido à sociedade», enfatizou, sublinhando que o PS quer «os melhores candidatos, pessoas com um perfil reconhecido pelos cidadãos, independentemente de serem ou não filiados». Mas garantiu que ainda não há candidatos ou objectivos definidos, pois neste momento importa fazer o levantamento «daquilo que temos que fazer para merecermos a confiança dos cidadãos». No caso da capital de distrito, Jorge Coelho está confiante que a Guarda vai continuar a ser um concelho socialista. Por outro lado, diz não ver «razões nenhumas» para fazer coligações no distrito. Recorde-se que o PS perdeu em 2001 três Câmaras Municipais, contando desde então com apenas dois municípios, Guarda e Seia, as duas principais cidades do distrito. Gouveia e Pinhel foram ganhas pelo PSD, enquanto o MPT e Júlio Santos venceram em Celorico da Beira.
