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PS, PSD e CDS protestam contra fim de Girabolhos

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A concelhia do PS de Seia manifestou o «mais veemente protesto» pelo fim da construção da barragem de Girabolhos.

«Depois de todo o desenvolvimento do processo, das expectativas criadas e das diligências feitas, bem como da salvaguarda dos impactos ambientais, consideramos esta decisão altamente penalizadora para o desenvolvimento do concelho ao impedir a concretização do maior investimento alguma vez anunciado para esta região», refere a secção local, liderada pelo autarca Carlos Filipe Camelo. Em comunicado, os socialistas senenses anunciam que vão pedir uma reunião a António Costa, secretário-geral do PS e primeiro-ministro, para «esclarecer, cabalmente, uma decisão desta natureza, suas causas e consequências».

Por sua vez, a distrital do PSD considerou que esta opção é um «rude golpe» para a economia da região. «O Governo de esquerda que gere este país acabou de tirar às populações de Gouveia, Seia, Nelas e Mangualde mais de 450 milhões de euros. António Costa impediu, sem qualquer pudor, que nos próximos três anos fossem criados milhares de postos de trabalho nesta zona de Portugal», lê-se num comunicado da estrutura presidida por Carlos Peixoto. «O mais grave é que este executivo, desprezando as nossas gentes, tomou a decisão de não fazer uma obra que não originava qualquer custo para o Estado, sendo totalmente suportado pelo grupo espanhol Endesa», acrescentam os sociais-democratas.

Também a distrital do CDS já reagiu classificando a decisão de «muito negativa» para o distrito. «O interior do país, em particular o distrito da Guarda, é uma região carente de investimento, entendendo o CDS que só com esse investimento é possível criar a riqueza necessária à fixação das pessoas, em particular dos mais jovens, e estancar ao mesmo tempo a hemorragia de recursos humanos que a todos nos empobrece», sustentam os centristas em comunicado. A estrutura presidida por Henrique Monteiro recorda que com este cancelamento ficaram em causa «a produção de energia elétrica, o abastecimento de água, a regulação do caudal do rio Mondego e o aproveitamento turístico da albufeira», tendo também sido «desperdiçados» recursos financeiros nos trabalhos preparatórios, já efetuados no terreno.

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