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PS muda reunião da Comissão Nacional para hotel

Escolha da sala da Assembleia Municipal foi contestada, inclusive por dirigentes socialistas locais

A reunião da Comissão Nacional do PS, agendada para sábado, já não vai decorrer na sala da Assembleia Municipal da Guarda, como tinha sido inicialmente anunciado pela Federação Distrital. A reunião magna dos socialistas foi deslocalizada para o Hotel Lusitânia Parque depois da polémica dinamizada inclusivamente por dirigentes locais do partido.

Esmeraldo Carvalhinho, autarca de Manteigas, e Nuno Almeida, presidente da concelhia, contestaram duramente a escolha da sala António Almeida Santos aos microfones da Rádio Altitude na sexta-feira. Ambos disseram não entender como uma reunião de cariz político-partidário poderia decorrer num espaço que «é de todos os guardenses», disse o primeiro. O segundo interrogou, em tom irónico, se os responsáveis pela decisão iriam retirar a fotografia oficial do Presidente da República durante os trabalhos da Comissão Nacional. O certo é que a polémica moeu e o PS teve que encontrar uma alternativa. E foi rápido. Na segunda-feira, Joaquim Valente anunciou na reunião do executivo que o Conselho Nacional já não teria lugar na sala da Assembleia Municipal, antecipando-se às críticas da oposição.

Rui Quinaz levava o assunto atravessado, pelo que considerou a alteração «um acto de bom senso». Isto porque a escolha anterior era «uma decisão muitíssimo grave, um menosprezo absoluto pelos guardenses e pela Câmara Municipal». E acrescentou que «só a pressão da opinião pública» terá feito os responsáveis do PS mudar de ideias. Contudo, o episódio levou-o a sublinhar que «a maioria considera a Câmara um autêntico feudo, como se o edifício fosse do PS, e não é». Na resposta, Joaquim Valente disse desconhecer quem tomou a decisão, até porque a sala «não tem capacidade para acolher os 300 elementos da Comissão Nacional». Mas o presidente estranhou a polémica, que classificou de «coisinhas pequeninas», dizendo que os Paços do Concelho são «a casa da democracia, que está aberta a todos aqueles que quiserem debater política». Nesse sentido, manifestou disponibilidade em ceder espaços municipais ao PSD se este «quiser reunir na Guarda o seu Conselho Nacional».

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