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PS escolhe entre José Igreja e Virgílio Bento para a Câmara da Guarda

Está tudo pronto para o antigo presidente da Assembleia Municipal e o atual vice-presidente da autarquia formalizarem as suas candidaturas no dia 4 de dezembro

José Igreja e Virgílio Bento vão disputar as diretas de 21 de dezembro que vão apurar o candidato do PS à Câmara da Guarda. O antigo presidente da Assembleia Municipal e o atual vice-presidente da autarquia conseguiram monopolizar os apoios necessários para concorrer e serão os únicos em condições de formalizar a sua disponibilidade no dia 4 de dezembro, data prevista para apresentação das candidaturas.

O caminho ficou finalmente livre na última semana após Joaquim Valente ter informado a concelhia que não se recandidatava – tal como O INTERIOR noticiou em primeira mão no início de setembro passado. Desde então, Vítor Santos foi o putativo candidato que ficou para trás, sendo agora dado como apoiante de José Igreja. De resto, o advogado e histórico do PS local parece levar vantagem em termos de apoios. Segundo os estatutos, os proponentes às diretas devem ter, cumulativamente, o apoio de um terço dos membros da comissão política concelhia – ou seja, 13 de 37 elementos –, de dez por cento de eleitos locais do PS e de outros dez por cento de militantes. Virgílio Bento garante que «está na luta para as diretas», com apoios «dentro e fora do partido», e que no dia 4 de dezembro apresentará a sua candidatura. «Estou confiante, pois acho que posso ser uma boa solução para o PS e para a Câmara da Guarda», sublinha, revelando que tem o apoio de Joaquim Valente. «Foi a primeira pessoa com quem falei quando decidi disponibilizar-me, até porque já nos conhecemos há bastante tempo e somos amigos. Há, por isso, uma relação de confiança e de lealdade», justifica.

Virgílio Bento, que cumpre o segundo mandato como vice-presidente de Valente, admite que não concorda com o método adotado pelo partido, classificando-o de «falsas diretas, pois é o aparelho que decide». De resto, lembra que o PS «sempre teve a capacidade de encontrar candidatos de consenso» e que este processo «só causa divisões que poderiam ser evitadas». O mesmo pensa José Igreja, para quem haveria «mais união» se não houvesse diretas. «Mas esta luta interna é sempre benéfica porque se discutem projetos e ideias para a Guarda», concede. No entanto, o candidato parece acreditar que não vai haver diretas porque «só haverá uma candidatura [a sua]» a 4 de dezembro. «Tenho muito mais que um terço da concelhia, dos eleitos e dos militantes necessários, mas não tenho tudo», refere o advogado, que promete cortar com o passado se for o candidato escolhido.

«Comigo será tudo novo, não haverá vereadores do atual executivo, porque as circunstâncias assim obrigam. Quero incutir um estilo e uma maneira diferente de trabalhar as coisas de modo a conseguir outro caminho para a Guarda», afirma José Igreja. A propósito, o candidato garante que não convidou ninguém para a lista, «nem fiz acordos ou alianças. Eu quero arrancar com uma coisa totalmente nova», insiste. O candidato diz ainda que não pediu a Joaquim Valente «para assinar nenhum documento» e que acredita que o atual presidente vai «manter-se equidistante entre os candidatos». Além disso, está convicto que após as diretas «não haverá ressentimentos», até porque «no PS, quando um ganha todos ajudam aquele que ganhou». O INTERIOR também contactou Vítor Santos, mas o atual vereador escusou-se a falar sobre as diretas. «Ainda é muito cedo», justificou.

Luis Martins

PS escolhe entre José Igreja e Virgílio
        Bento para a Câmara da Guarda

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