Arquivo

PS acusa Carlos Pinto de «má educação»

Em causa a troca de galhardetes entre o presidente e Miguel Nascimento na última reunião executivo

O PS da Covilhã classifica como «grotesca e despropositada» a forma como o presidente do executivo, Carlos Pinto, se dirigiu ao vereador socialista Miguel Nascimento na última sessão de Câmara.

Em comunicado, os socialistas vão mais longe e garantem que «esta forma tosca» com que o autarca se dirigiu ao eleito da oposição, além de ser «regular», é também «uma imagem de marca do titular da presidência da autarquia covilhanense». Isto porque, acrescentam, «o senhor presidente não tolera a crítica e convive mal com a discordância, reagindo com ferocidade e má educação». O PS garante ainda que, apesar da atitude «arrogante e autoritária» de Carlos Pinto, a concelhia vai continuar «a denunciar a desorientação financeira da autarquia, o luxo e o despesismo dos seus gabinetes, agora agravada com a nomeação de um chefe de gabinete». Sobre esta matéria, os socialistas referem não estarem em causa «as capacidades pessoais e profissionais da pessoa agora nomeada para o cargo», mas antes a «mudança de posição do presidente da Câmara relativamente a esta matéria».

É que no mandato anterior, segundo o PS, Carlos Pinto considerava «despesista a manutenção de um chefe de gabinete, adjunto e vereadores a tempo inteiro». Contudo, neste mandato, «e com uma situação de grave endividamento financeiro municipal, o presidente não se coíbe de nomear mais assessores», critica o comunicado. Em causa está, recorde-se, uma acesa troca de galhardetes entre Carlos Pinto e Miguel Nascimento na última reunião do executivo, a propósito da nomeação de Pedro Silva para chefe de gabinete do edil. O vereador socialista considerou a decisão «ilegítima», mas, de acordo com a Rádio Cova da Beira, Carlos Pinto não se ficou e respondeu com a nomeação de Miguel Nascimento para delegado regional do Centro do Instituto Português da Juventude (IPJ). Para além disso, o autarca classificou as acusações do vereador da oposição de «tolas» e provenientes «de alguém que pode ser considerado um exemplo da fraca rentabilidade dos recursos públicos».

Sobre o autor

Leave a Reply