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«Próxima campanha ainda é uma grande interrogação»

Cara a Cara – Entrevista

P – Qual é o objectivo da mostra de vinhos e sabores da Beira Interior, que decorre este fim-de-semana?

R – Trata-se de divulgar os vinhos da Beira Interior. Aproveitámos a disponibilidade da Câmara de Belmonte e as ajudas do Programa AGRIS, do Ministério da Agricultura, para levar avante este evento. O objectivo é tornar os vinhos da região numa referência em Portugal e, porque não, até no estrangeiro. É um trabalho que vimos fazendo há algum tempo, outras acções deste âmbito já foram feitas em Lisboa, e entendemos que era importante para sensibilizar as entidades institucionais e empresariais da região, os clientes e os sócios das cinco adegas. Isto para que possam ter a percepção do esforço que é feito pelas direcções da cooperativas da Covilhã, Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel, Vila Franca das Naves e Fundão para divulgar o produto pelo país.

P – Quais as expectativas em relação à mostra?

R – Como é a primeira mostra que vamos realizar na região, as expectativas são altas. Ambição é coisa que não nos falta. Pretendemos “vender” a imagem vinícola da Beira Interior, mas temos, também, de contar com a crítica, sempre construtiva.

P – Como está a criação da empresa que irá juntar as cooperativas da Covilhã, Vila Franca das Naves e Figueira de Castelo Rodrigo?

R – Está como esperávamos, porque tem momentos em que avança mais rápido e outras mais lentamente. Estamos numa fase de mais ponderação, as coisas não são tão fáceis como nós queremos e determinados sócios, perante a natureza do projecto, que envolve o futuro da vida da vitivinicultura da região, estão a debruçar-se com mais pormenor sobre o estudo para depois se pronunciarem concretamente sobre o seu seguimento. Estou a referir-me às cooperativas de Figueira de Castelo Rodrigo e Vila Franca das Naves, que estão em processo de reflexão para depois decidirem em Assembleia-Geral e decidirem sobre o assunto.

P – Mas em que ponto está o processo?

R – O processo está a evoluir. Numa primeira fase, a Covilhã disse sim, agora estamos à espera que as outras duas se pronunciem. No entanto, Vila Franca e Figueira de Castelo Rodrigo ainda estão a analisar. A primeira fase é um estudo generalista, em que há um desenho global do projecto e não está ainda decalcado o pormenor, ou seja, a segunda fase.

P – O dia 1 de Junho era a data limite para a sociedade comercial estar a funcionar, é possível?

R – Apontávamos para essa data com a intenção de conseguirmos que a campanha de vindimas deste ano pudesse, eventualmente, entrar já na empresa. Para tal, teria que ser orientada com determinadas regras que a empresa iria tomar e divulgar. Porém, se não for até 1 de Junho, já não há tempo, pois os “timmings” para se organizar a vindima começam a ser apertados.

P – Quais serão as consequências se a empresa não estiver a funcionar até essa data?

R – Não há consequências, pois cada adega continuará a trabalhar como até agora, individualmente. Nós tínhamos um compromisso que era fazer um estudo que não fosse vinculativo e apresentá-lo às assembleias, que fosse uma orientação para o futuro destas adegas e foi isso que fizemos.

P – Expectativas para a próxima campanha?

R – Nesta altura do campeonato ainda é muito cedo para me pronunciar. A região tem sido vítima de várias tempestades e ainda é uma grande interrogação.

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