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Propriedades terapêuticas do vinho explicadas aos vitivinicultores

Adega cooperativa de Foz Côa quer incentivar maior qualidade da vinha

Os produtores vitivinícolas de Vila Nova de Foz Côa vão conhecer brevemente os benefícios do vinho na prevenção das doenças cardiovasculares e o seu efeito anti-cancerígeno, numa iniciativa da adega cooperativa local para promover a qualidade. Segundo Fernando Azevedo, «é importante que os produtores vitivinícolas saibam que o produto que possuem tem propriedades terapêuticas de grande alcance, desde que consumido com regra, o que pode incentivar a uma maior preocupação com a qualidade do vinho e da vinha».

O enólogo da adega explica que no vinho, «os polifenois (compostos vínicos) desempenham, de uma forma directa ou indirecta, um papel importante na sua qualidade final, intervêm em muitos processos biológicos e tecnológicos, pois as suas moléculas possuem numerosas propriedades fisiológicas, farmacológicas, oxi-redutivas e organolipticas». Fernando Azevedo invocou estudos efectuados pelo médico francês Emeric Maury que, no seu Tratado de Homeopatia, recomenda o vinho e a vinha como coadjuvantes no tratamento de várias doenças. Assim, segundo aquele estudo, «as folhas de videira (casta tinta) são ricas em vitamina B e, tomadas em infusão, aliviam os sintomas de menopausa». Já as uvas, «ricas em compostos fenólicos, magnésio, potássio e vitamina C, são excelentes como anti-coagulantes, tonificam os músculos do coração e fazem baixar o colesterol», acrescentou. Relativamente à prevenção de doenças coronárias, o enólogo frisou que o vinho contém cerca de mil elementos identificáveis, incluindo açúcar, glicerina, aminoácidos, ácidos orgânicos, sais minerais e proteínas que também fornecem vitaminas ao corpo.

O vinho branco também é importante, pois tem os mesmos componentes, embora em quantidades diferentes, do que o tinto e pode ainda estimular os sucos gástricos e restaurar a alcalinidade do corpo. A acção de sensibilização e esclarecimento, da responsabilidade da Cooperativa de Vila Nova de Foz Côa, vai ser desenvolvida tendo em conta estas qualidades: «Até porque o vinho não é um líquido para matar a sede, é um alimento de qualidade e sobretudo a mais sã e higiénica das bebidas, como afirmava Pasteur», sustentou.

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