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Programa prevê distribuir 14 milhões de alimentos em 2008

Pessoas carenciadas são os principais destinatários desta iniciativa totalmente financiada pela União Europeia

O programa de ajuda alimentar a pessoas carenciadas prevê distribuir produtos no valor de 14 milhões de euros em 2008, com os primeiros cinco concursos a decorrer até final de Maio, afirmou, na terça-feira, o ministro da Agricultura.

Jaime Silva adiantou que estão a decorrer os primeiros cinco concursos para distribuir alimentos como massas, cereais para pequeno-almoço, bolachas, farinha ou açúcar. Em Junho, vão decorrer mais três concursos para leite, produtos lácteos, manteiga e queijo. Se houver necessidade, a situação actualmente definida pode ser revista, admitiu o governante. No ano passado foram 2.853 as instituições beneficiadas com o Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados que ajudaram 100 mil famílias, com 513 mil pessoas, ao distribuir 11 mil toneladas de alimentos no valor de 15,5 milhões de euros. «Foram oferecidas 8.500 toneladas de leite, iogurtes, manteiga, bolachas, massas, arroz, açúcar» a que se juntaram 4.400 toneladas de fruta e hortícolas. Entre as organizações que receberam alimentos para distribuir em 2007 estão o Banco Alimentar contra a Fome, a AMI, Cruz Vermelha, Caritas, as Misericórdias ou Bombeiros Voluntários. O programa de apoio na área alimentar é totalmente financiado pela UE.

Entretanto, o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) recomendou às organizações católicas para estarem em alerta e aumentarem a capacidade de resposta face aos problemas sociais que possam suceder devido à crise alimentar. No final da reunião do Conselho Permanente da CEP, D. Carlos Azevedo explicou que a hierarquia vai recomendar a cada bispo diocesano e organização católica para identificarem os casos de risco de modo a preparar «respostas articuladas», perante a previsível escalada dos preços dos géneros alimentares. Por outro lado, o observatório social da Caritas, criado em 2006, irá ser utilizado para avaliar os casos de carência mais grave que obriguem a um «maior esforço de partilha», explicou D. Carlos Azevedo, considerando que as estruturas católica no terreno são suficientes para fazer face ao problema.

No domingo, a Caritas portuguesa lançou um alerta nacional para os riscos da crise alimentar mundial, exortando os portugueses a serem mais solidários. «Esta crise dos alimentos pode criar situações de carência mais graves do que as que existem» actualmente pelo que «isso obriga-nos a estarmos mais atentos à realidade», afirmou D. Carlos Azevedo.

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