Um professor da Universidade da Beira Interior (UBI) lidera a expedição internacional que vai medir o Quilimanjaro (Tanzânia). Com Rui Fernandes, docente de Sistemas de Informação Geográfica e investigador do Instituto Geofísico D. Luis, seguem mais 14 especialistas portugueses e estrangeiros.
Para apurar a altura actual do ponto mais alto do continente africano, serão combinados dados de GPS (Global Positioning System) com os da gravidade. Esta missão surge pelo facto das anteriores medições do pico Uhuru, o mais elevado do Quilimanjaro, efectuadas no século XX, na época colonial e nos anos 90, esta última através de GPS, terem apresentado valores diferentes –5.895 e 5.892 metros, respectivamente – resultados que os especialistas ainda hoje questionam. Segundo Rui Fernandes, a expedição deverá permitir uma medição precisa da altitude, a partir de cálculos científicos «nunca antes realizados». «Este projecto é uma extraordinária combinação entre motivação científica (aplicação de novas técnicas de medição geodésica), problemas técnicos (dificuldades computacionais a altas altitudes) e desenvolvimento do conhecimento humano, refere o investigador no blogue da expedição. A equipa iniciou, ontem, os trabalhos.