A comunicação social e as conversas de café, têm-nos vindo a dar conta da guerrilha surda entre os vereadores da maioria socialista que dirige a Câmara da Guarda.
E, como é habitual, o passar dos dias vai acrescentando pormenores ou episódios mais ou menos rocambolescos e até caricatos, ao pensarmos no nível que era suposto existir nos seus protagonistas.
Estamos convictos que a procissão ainda vai no adro, pois os efeitos objectivos que se pretende deste processo ainda não estão atingidos no seu pleno.
Assim, a dar crédito ao que se ouve, andará uma certa mãozinha a tentar abrir uma vaga na quota das mulheres na próxima lista do PS ao executivo da Câmara da Guarda.
A alvejada é a única vereadora da maioria, que apresenta como pecado o facto de não ser filiada no PS.
Sendo o lugar apetecível, já por aí circulam vários nomes para lhe suceder, de fidelidade partidária assegurada e com o devido apadrinhamento.
Mas para que este processo tenha o pretendido sucesso, tem que ter os imprescindíveis obreiros, que no sítio certo o conduzam.
É pois aqui que estas histórias começam, perante a indiferença do primeiro responsável da autarquia, cujas explicações dadas recentemente sobre este assunto, mais efeitos não tiveram, que confirmar nas entrelinhas esta situação, deixando-nos a todos estupefactos.
Como é possível ter uma equipa coesa e empenhada em resolver os muitos e graves problemas da autarquia, ou seja os nossos, quando o ambiente e o relacionamento é tão mau como se diz ?
Não haverá aqui uma demissão da chefia, ou ausência de chefia, que ao deixar o “incêndio” alastrar corre também o risco de ficar “queimado” ?
Até que ponto a actual equipa da Câmara não é mais do que um conjunto de interesses e estratégias pessoais desgarradas ?
Quem aproveita com este estado de coisas?
Seguramente que não é o Presidente da Câmara.
Também não é o Partido Socialista.
Também não tem sido a oposição.
Não são seguramente os guardenses.
Estamos em vésperas de mais um dos provectos aniversários da fundação da Guarda e não tenho dúvidas de que, se D. Sancho tivesse que resolver este problema, ele nem sequer tinha existido.
Por: Álvaro Estêvão