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Primeiro-ministro e PS «vão por mau caminho»

Distrital do PSD da Guarda acusa Governo de praticar «cultura de poder que hostiliza quem pensa diferente»

«O distrito da Guarda é um bom laboratório de análise para avaliar os impactos negativos das políticas do Governo», garante Álvaro Amaro. Numa espécie de declaração de boas-vindas ao grupo parlamentar do PS, o presidente da distrital da Guarda do PSD considerou, na última segunda-feira, que os socialistas escolheram o local certo para conhecerem «exemplos flagrantes do prejuízo político que têm causado» ao interior.

«Verificarão a injustiça que representa o encerramento de instituições e organismos públicos nesta região. Verão que o país está cada vez mais a duas velocidades, sem que alguma coisa seja feita para estimular e promover o equilíbrio do território e da sua gestão», exemplificou. Já António Edmundo, vice-presidente da distrital, apelou à «democratização» do investimento público: «Os investimentos no metro do Terreiro do Paço, no túnel do Rossio e na nova ponte sobre o Tejo dariam para fazer um Plano Marshall para o interior», sublinhou. «Se encarassem os portugueses com humildade, o primeiro-ministro e o PS facilmente verificariam que vão por mau caminho», avisou o líder da Distrital social-democrata. Álvaro Amaro espera que esta estadia no distrito possa ser «um impulsionador do movimento crítico e reivindicativo de novas políticas».

Ficou também um recado para José Sócrates, que encerrou ontem a iniciativa dos deputados do PS: «Como chefe de Governo será bom que se preocupe com a situação social do país, com o encerramento incontrolável das empresas e o crescimento progressivo do desemprego», sublinhou. O Executivo socialista foi também acusado de praticar uma «cultura de poder que hostiliza e exclui quem pensa diferente e premeia os correligionários» com uma prática política que «usa as instituições e o Estado na promoção dos seus interesses políticos e não no interesse geral da Nação». Por outro lado, Álvaro Amaro adverte que «o primeiro-ministro e o PS não poderão continuar insensíveis à incomodidade que a sociedade portuguesa tem revelado. Têm de acordar para a dura e injusta realidade que têm vindo a construir no país e assumir a sua responsabilidade».

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