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Primeira biblioteca digital do distrito nasce em Gouveia

Espólio documental sobre o concelho disponível com um simples “clic” desde ontem

A Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira, em Gouveia, vai ser a primeira do distrito em formato digital. Desde ontem que investigadores, curiosos ou gouveenses emigrados nos quatro cantos do mundo podem pesquisar e consultar documentos sobre o concelho. Um simples “clic” vai abrir uma porta virtual para a história das freguesias, os aspectos económicos, sociais, históricos, culturais, as personalidades, a estatística, mas também as tradições, os usos e costumes locais.

O serviço foi ontem apresentado, no âmbito da comemoração do 18º aniversário da elevação de Gouveia a cidade. Trata-se de um aperitivo para outro desafio que aí vem, a digitalização do espólio de cerca de sete mil livros doados por Vergílio Ferreira ao município. Um projecto que poderá estar concluído ainda este ano, mas até lá já é possível aceder remotamente aos escritos e documentação diversa disponível sobre o município, Segundo a autarquia, o objectivo final desta iniciativa, idêntica à que está a ser adoptada no Centro de Documentação 25 de Abril (Coimbra), é a «compilação de todo e de todos os elementos que fazem a história de Gouveia e dos gouveenses». Por outro lado, o recurso às novas tecnologias de informação e comunicação permite «aceder, catalogar e preservar a nossa documentação», para além de satisfazer utilizadores «cada vez mais exigentes». Argumentos que estiveram na origem da Biblioteca Digital Vergílio Ferreira, como forma de adaptação das novas tecnologias à pesquisa, conservação e armazenamento, característicos dos espaços físicos das tradicionais bibliotecas. A iniciativa é da autarquia local, que tenciona tornar «mais acessível» o espólio documental da biblioteca e com isso facilitar a investigação e a pesquisa. Por último, o acesso através da digitalização reduz o contacto com os documentos originais, o que diminui o risco da sua danificação.

A Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira, inaugurada em Setembro de 1995, é o resultado de um contrato programa entre o Instituto Português do Livro e das Bibliotecas e a Câmara de Gouveia. Possui espaços diversificados em função das conveniências e interesses dos utilizadores, que neste momento são mais de 4.200, adianta o município. Alberga desde o final da década de 90 do século passado o espólio do romancista Vergílio Ferreira (1916-1996), natural de Melo, onde está sepultado. São cerca de sete mil livros anotados pelo autor de “Aparição”, só disponíveis, por enquanto, na sala homónima, mas que também estarão acessíveis via digital a médio prazo.

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