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«Pretendo continuar a dar visibilidade e credibilidade à advocacia na Guarda»

Cara a Cara – Entrevista: José Martins Igreja

P – Por que decidiu assumir o desafio de dirigir a Delegação da Guarda da Ordem dos Advogados?

R – Sou advogado a tempo inteiro há 30 anos, já tinha colaborado com a Ordem em vários lugares e desta vez o doutor João Bandurra manifestou a vontade de concluir o seu duplo mandato, pelo que resolvi assumir o cargo por um prazo de três anos, ou seja, um mandato. Reuni uma equipa, onde estão os meus colegas Vítor Lavajo, Paula Camilo, Nuno Albuquerque e Paulino Assunção, para continuar o bom trabalho que foi feito pelos meus antecessores. Pretendo continuar a dar visibilidade e credibilidade à advocacia nesta cidade.

P – O que pensa do facto de ter havido apenas uma candidatura?

R – Regra geral, na Ordem dos Advogados não há grandes “guerras”, é tudo feito consensualmente de forma a que as coisas corram todas bem e que haja uma união dos advogados. Apesar de só ter havido uma lista, ainda votaram bastantes pessoas, praticamente metade dos advogados da Guarda. Por outro lado, a situação não me preocupa porque informei os meus colegas de que ia candidatar-me ao cargo e todos manifestaram o seu apoio, mesmo aqueles que não foram votar.

P – Em termos genéricos, quais as principais funções da Delegação da Guarda da Ordem dos Advogados?

R – A Ordem dos Advogados é uma associação pública que tem como base a defesa do estado de direito e tem também a obrigação de colaborar na administração da justiça. Tem ainda o direito de atribuir o grau de advogado àqueles que, depois de tirarem o curso de Direito, façam o respectivo estágio. Quanto às delegações, devem actualizar o quadro de advogados da região, dirigir as sessões de estudo, apresentar orçamento e contas ou colaborar com a Ordem. Depois, têm ainda funções mais directas que estão relacionadas, por exemplo, com o gabinete de consulta jurídica, que funciona na Guarda quase diariamente e onde as pessoas podem ir pedir uma consulta, um conselho, uma opinião para depois serem encaminhadas no sentido de pedirem apoio judiciário ou de contratarem o advogado que entenderem. Portanto, o nosso trabalho é, fundamentalmente, de apoio social àqueles que têm necessidades e de defesa da honra e integridade dos advogados.

P – Como estão as instalações judiciais no distrito da Guarda?

R – Neste momento, os tribunais da Guarda têm todos sala de advogados, dentro do próprio edifício e geridas pelo secretário judicial. Naturalmente que nós temos o direito de as utilizar em trabalho, pelo que podemos dizer que os tribunais da região estão em condições de prestarem um bom serviço aos advogados.

P – Que projectos tem já em vista para o futuro da Delegação da Guarda da Ordem dos Advogados?

R – Queremos fazer um congresso entre as diversas ordens a nível distrital para podermos pensar o que será útil trabalharmos em conjunto. Temos também o desejo de tentar fazer a história da advocacia na Guarda, um projecto que poderá levar alguns anos a desenvolver, mas que é uma ideia que temos e queremos concretizar. Depois, tencionamos criar a página da Delegação da Guarda da Ordem dos Advogados na Internet. Queremos ainda protocolar com o Centro de Estudos Ibéricos uma colaboração, no sentido de sermos colaboradores de assuntos que digam respeito ao Direito, à Advocacia, numa intervenção mista entre Portugal e Espanha. Pretendemos também celebrar com mais força o Dia do Advogado na região e voltar a ter um evento que era típico na Guarda há algum tempo atrás, que era um convívio da família judicial. As bases estão lançadas, vamos ver se é possível conseguirmos pôr em prática estas ideias durante estes próximos anos.

José Martins Igreja

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