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Presidente do IPG pede união de esforços para fazer frente à crise

Segundo vice-presidente do Politécnico, presidente do Conselho Geral e novos directores das quatro escolas tomaram posse na semana passada

«A crise também cria oportunidades e só as aproveita quem conseguir unir esforços». O repto foi lançado por Jorge Mendes aos novos directores das quatro escolas do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) na semana passada, na sua tomada de posse, numa cerimónia em que também foram empossados José Augusto Alves como presidente do Conselho Geral (CG) e Constantino Rei como segundo vice-presidente do IPG.

Dirigindo-se a Teresa Paiva (nova directora da Escola Superior de Tecnologia e Gestão), Carlos Reis (da de Educação Comunicação e Desporto), Anabela Sardo (Turismo e Hotelaria) e Ezequiel Carrondo (Saúde), o presidente do Instituto sublinhou que «é nestes momentos difíceis que temos de nos unir e trabalhar mais e melhor». Reiterando que o «primeiro critério» que presidiu à sua escolha foi o da «confiança pessoal», Jorge Mendes disse esperar que levem «a bom porto o trabalho difícil que temos a cargo», recordando que a sua entrada em funções acontece num contexto de «alteração do paradigma da forma de gestão e administração das instituições de ensino superior». O presidente do IPG enalteceu ainda os directores cessantes, considerando que deram «muito de si ao Politécnico» na última década. A nível individual, Jorge Mendes recordou tempos conturbados com Joaquim Brigas, que deixou a direcção da ESECD: «Seria hipócrita da minha parte dizer que as coisas foram fáceis, mas isso não invalida o respeito que lhe é merecido. Só se se for cego é que se pode dizer que a ESECD não melhorou muito nos últimos 11 anos», declarou.

Constantino Rei, que transita da direcção da ESTG para a vice-presidência do IPG, também mereceu elogios. «Nem sempre estivemos de acordo, muitas vezes até em desacordo, mas queríamos ambos, de formas distintas, o bem da instituição, além de que colocou em patamares mais elevados a escola que dirigiu durante quase oito anos», destacou. Sobre José Augusto Alves, de quem foi vice-presidente, mostrou-se satisfeito por ter sido o IPG «a ganhar a corrida ao seu namoro», isto porque havia outras instituições interessadas na sua designação. Na resposta, o presidente do Conselho Geral salientou a importância de um «cargo de responsabilidade mais no sentido de promover», assumindo que o CG «tudo fará para que os recursos humanos sejam maximizados para que se formem profissionais de qualidade». Por outro lado, a nova legislação «não separa a gestão da universidade da dos institutos politécnicos e isso traz mais responsabilidade. Mas eles estão à altura destes desafios», assumiu.

Já Constantino Rei agradeceu a «confiança» de Jorge Mendes, prometendo «respeito e lealdade» antes de lançar um repto aos novos directores: «Sejam criativos, ousados e reivindicativos. Um IPG forte precisa que as suas escolas estejam unidas e coesas», disse. A sua sucessora na ESTG garantiu que «trabalhará sempre para o Instituto e com o Instituto», sublinhando a importância de se «pensar mais em bons projectos do que em muitos projectos», acrescentou Teresa Paiva. Na Escola Superior de Saúde, Ezequiel Carrondo quer o «desenvolvimento da escola nos domínios da Enfermagem e das Tecnologias de Saúde», ao mesmo tempo que considerou «urgente»a construção de novas instalações. Também Anabela Sardo, da ESTH, exaltou a necessidade de uma residência de estudantes em Seia, traçando como objectivo principal fazer da escola «um centro formativo superior por excelência na área do turismo na Serra da Estrela». Por último, Carlos Rei reconheceu que, porventura, terá que «fazer mais com menos», manifestando «motivação para implementar uma dinâmica de desenvolvimento» na ESECD, que tem «recursos e capacidades».

Ricardo Cordeiro

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