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Prémio Vergílio Ferreira para professor de Língua Portuguesa

«Consistência» de ensaio sobre Maria Ondina Braga mereceu unanimidade do júri

José António Garcia Chaves, de 31 anos, é o vencedor da edição deste ano do Prémio Literário Vergílio Ferreira, atribuído pela Câmara de Gouveia. O professor de Língua Portuguesa, residente em Câmara de Lobos, na Madeira, conquistou o galardão com uma dissertação de mestrado sobre Maria Ondina Braga, intitulada “Contadoras de Histórias – Uma escrita acerca das mulheres e das viagens interiores de Maria Ondina Braga”.

«É uma obra com consistência e mereceu a unanimidade do júri», destacou Alípio de Melo, presidente do júri, recordando tratar-se de «mais um jovem investigador a vencer o prémio na categoria de ensaio literário, sucedendo ao professor Carlos Vaz, que ganhou em 2005». No entanto, o ensaísta foi aconselhado a mudar o título do seu trabalho dado haver «uma similitude» com o nome de um romance de Fernanda Botelho. «O autor já nos informou que o ensaio passou a chamar-se “As Vozes das Mulheres”», adiantou Alípio de Melo. O prémio, no valor de cinco mil euros, será entregue em Gouveia a 1 de Março, data em que se assinala o falecimento do romancista. O galardão foi instituído pela Câmara de Gouveia em homenagem a Vergílio Ferreira que nasceu a 28 de Janeiro de 1916, em Melo, freguesia daquele município serrano.

Criado inicialmente para premiar romances inéditos, a partir de 2000 o prémio passou a distinguir alternadamente um romance e um ensaio literário, dois estilos «que Vergílio Ferreira cultivou», justifica a autarquia. “Um dia depois do Outro”’, de Margarida Marques; “A Reconquista de Olivença”, de Ascêncio de Freitas; “O Claustro do Silêncio”, de Luís Rosa; “Clenardo e o Príncipe”, de Serafim Ferreira; “Maria Gabriela Llansol, Diário de um Real-não-Existente”, de Carlos Vaz; e “Estação Ardente”, de Júlio Conrado, escrito sob o pseudónimo de Cândido Amado, foram as obras premiadas até agora. Sem vencedores ficaram as edições de 2000 e 2002 devido ao reduzido número de trabalhos a concurso e à sua falta de qualidade. Entretanto, estão abertas as inscrições para o Prémio de Pintura Abel Manta, também instituído pela autarquia gouveense. Este galardão de pintura, lançado por ocasião do 25º aniversário da morte do pintor Abel Manta, destina-se a promover artistas plásticos nacionais, «proporcionando a apresentação pública dos seus trabalhos e valorizando as artes plásticas como elemento chave da programação cultural do município».

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