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Prémio Literário Vergílio Ferreira atribuído segunda-feira

45 romances originais a concurso, vindos de Portugal, Espanha, França e Coreia

O júri do Prémio Literário Vergílio Ferreira, atribuído pela Câmara de Gouveia, anuncia segunda-feira o romance vencedor da edição deste ano daquele galardão literário instituído em 1998 em homenagem ao escritor natural de Melo. A concurso estão 45 obras, um número recorde, provenientes de Portugal, Espanha, França e da Coreia. A categoria do Romance sucede aos Estudos Locais de Património, História e Cultura, tema em destaque em 2002, que não teve vencedor por falta de qualidade das obras a concurso.

O vencedor, que receberá um prémio monetário de cinco mil euros, será conhecido no dia (1 de Março) do oitavo aniversário do seu falecimento. O júri é constituído por cinco personalidades de reconhecida idoneidade, uma das quais, que presidirá (Alípio de Melo), é indicada pela Câmara de Gouveia. Os restantes elementos são uma professora universitária especialista na obra de Vergílio Ferreira (Silvina Rodrigues Lopes) e um escritor (Liberto Cruz), sendo os dois últimos membros designados pela Associação Portuguesa de Escritores (José Correia Tavares) e pelo Centro Português da Associação Internacional dos Críticos Literários (Cristina Robalo Cordeiro). Elementos que, por unanimidade ou maioria simples, poderão optar pela não atribuição do galardão se considerarem que nenhuma das obras tem a qualidade exigida. No caso do romance premiado, a autarquia de Gouveia reserva-se o direito de o editar em livro, numa tiragem a definir e pagando ao autor 10 por cento de direitos. O Prémio Literário Vergílio Ferreira conta já conta com cinco edições, tendo apenas premiado até agora romances inéditos, porque houve poucas obras a concurso quando chegou a vez de premiar ensaios, para além do júri ter considerado que os trabalhos participantes não reuniam a qualidade exigida.

Também a temática dos Estudos Locais, introduzida no ano passado por sugestão de Álvaro Amaro, actual presidente da Câmara, não foi bem sucedida. O romance foi, portanto, o único género a ser premiado até à presente edição. A madeirense Margarida Marques, com “Um Dia Depois do Outro”, foi a vencedora em 1998, Ascêncio de Freitas (Setúbal) e “A Reconquista de Olivença” foram galardoados no ano seguinte, enquanto “O Claustro do Silêncio”, de Luís Filipe Rosa (Alcobaça) mereceu a unanimidade do júri de 2001. Até agora, o prémio não foi atribuído por duas ocasiões, em 2000 e 2002. Segundo o regulamento, o Prémio Vergílio Ferreira assegura, em anos consecutivos, o concurso destinado a originais de Romance, Ensaio Literário sobre Vergílio Ferreira e Estudos Locais de Património, História ou Cultura do concelho de Gouveia.

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