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Precisa-se novo Plano Estratégico para a Guarda

Crónica Política

Tem sido objectivo da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista, assim como da bancada parlamentar do PS na Assembleia Municipal da Guarda, efectuar intervenções que, objectivamente, contribuam para o desenvolvimento do concelho, procurando lançar desafios ao Executivo da Câmara Municipal, numa atitude que se pretende construtiva e ao mesmo tempo desafiadora. É desta maneira que se pretende contribuir para o desenvolvimento da nossa terra, não caindo na maledicência vazia de ideias e que só contribui para um aumento da falta de auto-estima da população.

Entre Setembro de 1994 e Setembro de 1995 um vasto conjunto de personalidades, políticos e técnicos sonharam, discutiram e projectaram o futuro da Guarda… Nasceu então o Plano Estratégico da Guarda.

Foi um documento importante à época. Retratou a realidade, traduziu as potencialidades da Guarda, bem como as suas debilidades e, consequentemente, o que o concelho poderia sonhar vir a ser.

A realidade é que já passaram 15 anos desde que esse estudo foi realizado.

Nem tudo o que se perspectivou foi possível realizar, mas também é certo que muita coisa que se realizou ao longo destes anos não foi na altura projectada.

O Plano Estratégico da Guarda de finais do século XX já não se adequa à nossa ambição para o século XXI. Na Guarda, necessitamos de um novo Plano Estratégico.

Este desafio foi feito ao sr. presidente da Câmara, Joaquim Valente, na última sessão da Assembleia Municipal, mas é, acima de tudo, um desafio a todos os munícipes que se interessam por esta terra – definir um Novo Plano Estratégico, de todos e para todos.

Em 2025, ou 2030, o que queremos ser enquanto concelho?

Esta pergunta é fulcral e se não soubermos responder a ela, não podemos escolher os caminhos a percorrer porque não temos definidas as metas a alcançar.

Hoje, o concelho é, felizmente, substancialmente diferente do de 1994. É necessário refazer o trabalho então feito, dotando a Guarda de instrumentos de planeamento estratégicos, expressão de uma ideia de Guarda como cidade dinâmica, pensada para os novos tempos e consciente do seu papel no contexto nacional e regional.

É imperativo que esta discussão seja rigorosa, objectiva, transparente e sem quaisquer tipo de constrangimentos.

A vida de um município gira à volta de sete vectores, que devem obrigatoriamente ser o alvo da discussão, são eles:

– A Economia;

– O Urbanismo;

– O Ambiente;

– A Área Social;

– A Educação;

– A Cultura;

– O Desporto.

No campo da economia, a título de exemplo, precisamos reflectir que tipo de empresas e de empresários nos interessa atrair para dinamizar a nossa economia. Depois de concluído o esforço que tem sido feito no âmbito da logística é necessário definir qual o “cluster” que temos que desenvolver de modo a fortalecer o nosso tecido empresarial.

Precisamos colocar as ditas “forças vivas” a discutir o nosso futuro colectivo. Precisamos confrontar os resultados dessa “discussão” com especialistas credibilizados que nos possam ajudar a distinguir o que é utopia daquilo que é exequível.

Este é um desafio que, enquanto sociedade, não podemos recusar, nem adiar. No entanto, muitos são aqueles que continuam a consumir as suas energias numa lógica negativa, completamente improdutiva, que só nos poderá levar a uma cada vez maior descrença nas nossas potencialidades.

Está lançado o desafio: VAMOS PENSAR A GUARDA FUTURA, COM OS PÉS ASSENTES NO PRESENTE E NUNCA ESQUECENDO O PASSADO…

Por: Nuno Almeida *

* presidente da concelhia da Guarda do PS

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