Pousada de Linhares encerrada para obras há meses

«A unidade hoteleira de Linhares da Beira foi temporariamente encerrada ao público para que a Câmara de Celorico da Beira possa terminar os trabalhos pendentes e que são indispensáveis ao seu bom funcionamento». É esta a mensagem que ouve quem tentar efectuar uma reserva no site da Fundação Inatel para aquela pousada, inaugurada em Setembro de 2009. O espaço está fechado desde Agosto do ano passado e deve reabrir em «Fevereiro ou Março».

Depois de muitos anos de espera, a unidade, edificada no Solar Corte Real e Casa Brandão e Mello, funcionou apenas cerca de um ano, já que foi encerrada após a realização da Taça do Mundo de parapente, entre 7 e 14 de Agosto do ano passado. Aldegundes Madeira, responsável regional pelo Turismo da Fundação Inatel, explicou a O INTERIOR que a pousada fechou porque «estão lá a decorrer obras», que consistem, nomeadamente, na substituição de algumas portas e janelas. «Não é nada de especial», mas havia «umas coisas para terminar e aproveitou-se para fechar numa altura em que há menos movimento», adianta, considerando «normal» que sejam feitas «algumas obras» depois da unidade «estar a funcionar durante algum tempo». A responsável confirma que a intervenção «é da responsabilidade da Câmara» e que, «de momento», ainda não sabe «quando reabrirá, mas não deverá demorar muito tempo», augura.

No entanto, questionada se poderá ocorrer em Fevereiro ou Março, Aldegundes Madeira responde que «pode reabrir» durante esse período, embora saliente que «temos outra unidade perto», em Vila Ruiva (Fornos de Algodres), mas assegura que «logo que esteja apta a reabrir que vai reabrir». Sobre o facto da pousada ter necessitado de obras um ano depois de abrir ao público, a dirigente desvaloriza essa situação: «Foi uma unidade que esteve parada durante algum tempo e uma obra que termine e não fique logo em pleno funcionamento, depois surgem sempre coisas que naturalmente terão de ser revistas», refere. Quem não está nada satisfeito com o fecho da pousada há vários meses é o presidente da Junta de Linhares da Beira. Paulo Mimoso encara a situação com «descontentamento» e lamenta que tenha fechado pouco depois de ter aberto. De resto, defende que a unidade poderia ser «um cartão de visita para a própria aldeia», até porque «há uma procura tremenda por parte dos turistas, que ficam descontentes quando se deparam com a pousada fechada», garante.

O autarca salienta também que «é o dinheiro de todos nós que está ali investido», acrescentando que tem sido informado de «que estão a fazer esforços para que reabra o mais rapidamente possível». O problema é que para o presidente da Junta, «o mais rapidamente possível era ontem», sublinha, até porque «foi apontado que a reabertura ocorra durante o mês de Fevereiro e assim espero». O INTERIOR contactou o vereador do Turismo na Câmara de Celorico da Beira a propósito destas obras e do fecho da pousada, mas António Silva remeteu o assunto para o presidente do município. Contudo, apesar das diversas tentativas, não foi possível contactar José Monteiro até ao fecho desta edição.