Resultado injusto e pouca sorte foi o que encontrou a equipa de Aguiar da Beira na deslocação ao campo do Gafanha. Os visitantes controlaram a partida até aos 20’ dispondo de várias oportunidades para marcar, nomeadamente aos 4’ por Mozer, que, após ganhar um ressalto, rematou à trave da baliza de Cotrim. Alguns minutos mais tarde foi a vez de Agostinho atirar ao poste. Os ataques de perigo foram-se sucedendo até ao final da primeira parte. Por sua vez, a equipa da Gafanha, que entrou um pouco tímida e apática, jogou mal até perto da metade do primeiro tempo, começando depois a pressionar e a dispor também de algumas oportunidades para marcar, mas os defesas aguiarenses e Filipe foram resolvendo os problemas sem grandes dificuldades.
No segundo tempo, ambas as equipas entraram com vontade de amealhar os pontos em disputa. Contudo, num erro enorme da defesa do Aguiar, o Gafanha colocou-se em vantagem aos 48’ graças a um “chapéu” de Galhano a Filipe. Na resposta, os visitantes não baixaram o ritmo e aos 60’, numa bonita jogada de ataque, o recém-entrado Varandas centrou para trás onde Nuno Sena, com um remate fortíssimo, não deu hipóteses a Cotrim e igualou o marcador. Com as entradas de Varandas e Pereirinha, o Aguiar ganhou mais força no meio campo e no ataque e até podia ter marcado mais golos, pelo menos por duas vezes. Até que aos 78’, um pouco contra a maré, surgiu um grande “balde de água fria” com o segundo golo do Gafanha, que aproveitou mais uma falha da defesa do Aguiar. Lameiras, sem marcação, só teve que encostar para a baliza.
Até ao final do desafio, o Aguiar da Beira muito lutou para atingir o golo do empate, mas Cotrim defendeu tudo. A jogar assim, o Aguiar da Beira pode alcançar os objectivos, pois o campeonato é longo, mas Totá tem que resolver alguns problemas na defesa e na frente onde os atacantes se mostram algo perdulários.
Pedro Sousa
