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Portugueses receiam que a crise vai piorar

33 por cento diz ter «pouca confiança» no Governo e consideram que quem está em melhores condições de tomar ações efetivas contra a crise é a União Europeia, segundo Eurobarómetro.

Os portugueses são dos cidadãos europeus mais insatisfeitos e pessimistas com a situação económica, com uma maioria (52 por cento) a recear que o impacto da crise no emprego vai piorar, segundo um inquérito divulgado hoje pela Comissão Europeia.

O “Eurobarómetro da Primavera” revela que, pela primeira vez desde há vários anos, uma maioria dos europeus considera que a situação económica melhorará nos próximos 12 meses e crê que o impacto da crise sobre o mercado de trabalho já atingiu o seu máximo, mas os portugueses encontram-se entre aqueles que permanecem pessimistas.

De acordo com o inquérito, 96 por cento dos portugueses consideram “má” a situação económica no país – o valor mais alto entre os 28, juntamente com Grécia e Espanha, e muito acima da média da UE, de 63 por cento –, e 52 por cento temem que «o pior está ainda para vir» no mercado de trabalho, sendo Portugal um dos seis Estados-membros onde este sentimento predomina (juntamente com França, Chipre, Grécia, Eslovénia e Itália), enquanto no conjunto da UE já são mais aqueles que pensam que o pior já passou (47 por cento contra 44 por cento).

Por outro lado, mais de um terço dos portugueses (38 por cento) admite recear cair em situação de pobreza – o nono valor mais alto da UE, numa classificação encabeçada pelos gregos –, e uma grande maioria (70 por cento) considera que o principal problema com que o país se confronta é o desemprego, embora, a nível pessoal, apontem na sua maioria (47 por cento) o aumento dos preços e inflação.

Com uma esmagadora maioria (85 por cento) a manifestar pouca confiança no Governo nacional (contra 68 por cento na média europeia), Portugal é também dos países onde mais inquiridos (33 por cento) consideram que quem está em melhores condições de tomar ações efetivas contra a crise é a União Europeia (contra 24 por cento da média comunitária).

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