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Portugueses acham que austeridade é necessária

Os portugueses consideram que as medidas previstas no Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2012) agravam a sua situação financeira, mas reconhecem a razoabilidade das mesmas face à atual situação do país.

Esta é uma das conclusões do estudo de mercado da Deloitte “Orçamento do Estado 2012 – A importância de saber”, divulgado hoje, e sublinhada por Miguel Leónidas Rocha, que destaca a «clarividência dos inquiridos». «Nota-se que há alguma compreensão por estas medidas e creio que as pessoas estão sensíveis, conscientes do problema e da situação económica do país, bem como da necessidade de se adotar medidas e estão até disponíveis para ajudar, através dos sacrifícios pessoais, na resolução do problema», referiu o responsável pela Divisão de Consultoria Fiscal da Deloitte em Portugal.

As principais conclusões do estudo revelam que a população urbana de Lisboa e Porto afirma ter razoável conhecimento sobre a proposta do Orçamento para o próximo ano (63 por cento) e acredita que as medidas previstas são essenciais para restabelecer a credibilidade do país na Europa. No total do universo dos portugueses ouvidos, 55 por cento acha que as medidas impostas pelo atual Executivo vão melhorar a situação económica do país, mas não descartam a possibilidade destas deixarem «o país na mesma».

Esta desconfiança dos portugueses pode ser justificada, segundo Leónidas Rocha, pela «ausência de medidas que promovam a competitividade e o emprego», conforme demonstra o estudo.

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