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Portugal vai perder 22 mil empregos no próximo ano

Apesar das perspetivas de fim da recessão, o Governo prevê aumentar em 22 mil o número de desempregados em Portugal em 2014. A previsão consta do cenário macroeconómico, que o “Diário Económico” divulga na sua edição de hoje.

A projeção foi enviada aos parceiros sociais e terá resultado da oitava e nona avaliação da “troika” ao programa de ajustamento financeiro português, concluída na semana passada. No conjunto de 2013 e 1014, a taxa de desemprego deve ultrapassar os 17 por cento: este ano, o emprego cai 3,9 por cento e, em 2014, contrai 0,5 por cento, segundo o documento divulgado pelo jornal.

O aumento do desemprego torna a meta do défice (4 por cento) ainda mais difícil de atingir, uma vez que vão continuar a aumentar os gastos com subsídios e a diminuir as receitas de contribuições sociais. Ainda assim, esta é a primeira vez que o consumo das famílias cresce desde que Portugal encetou o programa de ajustamento financeiro. O executivo prevê uma subida de 0,1 por cento no próximo ano.

Positiva deve ser também a evolução do investimento. No cenário macroeconómico, o Ministério das Finanças prevê uma recuperação no próximo ano, com um crescimento de 1,2 por cento. Segundo o “Diário Económico”, a austeridade vai incidir, em 2014, sobre os ministérios, devendo o consumo público recuar, mas a um ritmo menor. Quanto a exportações, prevê-se um crescimento de 5 por cento, mais brando do que este ano.

Vender para fora não dá muitos ganhos em termos de IVA, pelo que, com o consumo interno a baixar, o Governo vai ter de manter a austeridade de modo a conseguir arrecadar os montantes a que estava habituado. O próximo ano vai, por isso, ser mais um com medidas de austeridade.

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