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Portagens dividem “laranjas”

Para uns é uma «aplicação cega» do princípio do utilizador-pagador, para outros uma medida «justa»

As portagens nas SCUT continuam a levantar muita polémica e divergências, mesmo no seio do partido que governa o país. Ana Manso, líder da distrital social-democrata da Guarda, é peremptória e diz que «não é justo que seja exigido ao interior, pressionado pela desertificação, que contribua para o desenvolvimento nacional». Até porque esta região recebe em troca «a aplicação cega do princípio utilizador-pagador». Já Miguel Relvas, secretário-geral do PSD, defende que se deve aplicar «um princípio justo», ou seja, quem utiliza paga, mas adianta que vão ser criados «mecanismos de discriminação positiva em que serão privilegiados os habitantes e empresários locais nas regiões menos desenvolvidas do país». E quando esta decisão for tomada será um «princípio universal», aplicável em todas as vias do país, garante Miguel Relvas. Em relação à A25, como não há vias alternativas, o secretário-geral do PSD acredita que vão ser criados «princípios de discriminação positiva para aqueles que aqui vivem», o que é tecnologicamente possível, ressalva. Para Miguel Relvas, com esta política de «justiça», estão a ser criadas condições para que «se invista mais nas regiões menos desenvolvidas do país».

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