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Porque será?…

(…) Tenho, não raras vezes, procurado chamar a atenção da opinião pública para a necessidade de todos exercermos vigilância sobre os inconvenientes da acção política nefasta ao desenvolvimento da nossa cidade e concelho (…). Os actos malévolos ficam com quem os pratica, mas as atitudes irreflectidas dos responsáveis políticos locais, poder/oposição, permanentemente de candeias às avessas e cuja reciprocidade de acusações nos recentes pedidos de demissão (…) ilustram bem o vazio de conteúdo ao nível das ideias rumo ao desenvolvimento. (…).

Quando no interior faltaram médicos e houve necessidade de os recrutar na vizinha Espanha, pese embora a dificuldade de entendimento na área da linguística, foi e continua a ser notório o esforço daqueles profissionais rumo ao sucesso que resultou da respectiva integração. Se esta foi a solução encontrada para o problema dos nossos doentes, pena é que não possamos ponderar fórmula idêntica para substituir os políticos da nossa praça. Dir-me-ão que para isso é necessário ser-se eleito, mas se os lobos continuarem a vestir peles de cordeiros o rebanho corre o risco de ser dizimado. Questões como a Escola Superior de Saúde, Novo Hospital ou programa POLIS (que vai deixando cair parte das obras inicialmente previstas), entre outros assuntos, são para levar a sério, não são negligenciáveis nem admitem adiamentos de nenhuma ordem. É por isso grande a nossa indignação ao tomarmos conhecimento de factos ocorridos recentemente no que concerne a decisões sucessivamente adiadas, que uma vez mais atrasam, pondo mesmo em risco uma promessa do actual Primeiro Ministro em tempo de campanha eleitoral relativamente a uma reivindicação com mais de 30 amos.

É necessário que – à revelia dos partidos políticos e seus representantes locais, que tudo prometem e pouco fazem – surja um fórum para debate dos temas centrais que a todos devem preocupar, para que da discussão apareçam novas ideias e soluções a propor aos nossos governantes para um compromisso definitivo quanto às matérias referenciadas anteriormente. Outra das questões para discussão seria, na minha óptica, (…), auscultar a sensibilidade dos eleitores em relação a uma eventual lista a criar no âmbito dum Movimento Cívico Independente, constituído com carácter de exclusividade por cidadãos independentes dispostos a trabalhar para o bem comum. (…).

Santos Moura, Guarda

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