O Figueirense já leva seis jogos consecutivos sem perder, tendo garantido mais um ponto no último domingo, na recepção ao União de Lamas, sexto classificado. Contudo, pelo domínio exercido e as oportunidades criadas, a equipa de Manuel Barbosa merecia melhor sorte. A apenas quatro jornadas do fim da primeira fase, o Ginásio conservou a décima posição da geral.
Os visitantes adoptaram uma postura mais defensiva, embora sempre atentos ao contra-ataque. Foi numa dessas jogadas que criou a primeira oportunidade, à passagem do quarto de hora. Káká, antigo jogador do Sporting da Covilhã, fez uma excelente abertura para André Oliveira, que beneficiou de espaço para se isolar ante Valter, mas o remate saiu muito frouxo, permitindo o corte a David. Na resposta, aos 17’, Paulo Jacinto, de fora da área, rematou forte para defesa atenta do guardião adversário. Volvidos 11 minutos foi a vez de Titá tentar a sua sorte de fora da área, mas o remate saiu por cima. Nesta fase, o jovem avançado esteve em grande evidência e, após um canto, cabeceou com muito perigo ao segundo poste. Aos 31’ fugiu bem pela esquerda, arrancando um cruzamento atrasado a que ninguém deu sequência. Aos 36’, Manuel Barbosa fez entrar Zé Santos para o lugar de Fabiano e o Figueirense melhorou.
Contudo, a última ocasião do primeiro tempo pertenceu ao União de Lamas, com Edu, em óptima posição, a falhar o remate após boa abertura de André Oliveira na direita. Já na segunda metade, aos 55’, o mesmo jogador serviu Káká que, antecipando-se aos defensores locais, rematou para defesa atenta de Valter Luís. Passados três minutos, Titá atirou ao lado a concluir uma boa jogada de envolvimento do ataque figueirense. Aos 66’, novamente Titá, em zona central, surgiu a rematar forte após boa assistência de Paulo Jacinto, com o esférico a sofrer um desvio num defesa opositor. Por volta dos 70’, os visitantes voltaram a estar perto de marcar. Num livre de Daniel na zona central do meio-campo, Filipe atirou ao poste direito e, com Valter completamente batido, Edu cabeceou por cima quando tinha a baliza à sua mercê.
Na resposta, o reforço, recém-entrado, André, que veio imprimir maior dinâmica ao meio-campo figueirense, acertou em cheio na trave. Na sequência, Paulo Jacinto não conseguiu bater Fábio Pinhel e na segunda tentativa viu o seu remate ser cortado por um defesa perto da linha de golo. Aos 83’, o Figueirense criou a sua última oportunidade, com Luís Paulo, de fora da área, a obrigar o guarda-redes adversário a uma boa intervenção. O trio de arbitragem, comandado por Fernando Lopes, teve um trabalho positivo, embora a equipa da casa tenha reclamado duas grandes penalidades, que, em nosso entender, não existiram. No final, Manuel Barbosa salientou que o Figueirense já leva seis jogo sem perder e criticou o União de Lamas por ter vindo jogar com a «única finalidade de conseguir o zero a zero, já que praticamente não saiu do seu meio campo», afirmou.
Ricardo Cordeiro
