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«Podemos fazer cinema em qualquer parte do país»

Hugo Moreira fez o secundário na Guarda e licenciou-se em Cinema na UBI

Para singrar no mundo do cinema e da televisão rumou a Barcelona. Mas nem por isso os laços com a Guarda se desvaneceram. Hugo Moreira é um jovem guardense que trabalha atualmente no Porto, como freelancer nas áreas do cinema, televisão e publicidade. Para o futuro deixa um desígnio: «Tenho uma ligação muito forte com a Guarda e gostava de despertar o interesse pelo audiovisual nos miúdos da cidade», adianta.

Estudou Cinema na Universidade da Beira Interior, mas admite que não é fácil viver apenas da sétima arte em Portugal. Foi essa razão que o levou a abraçar outra cidade. «Decidi especializar-me mais em televisão e fiz um mestrado em Barcelona porque faltava na minha aprendizagem a componente das multicâmaras», explica. Esta é uma área que hoje lhe permite utilizar um método de filmagem, com várias câmaras a captar diferentes perspetivas do mesmo evento. Por agora, tem em mãos um projeto de ficção que ainda está na fase de pré-produção. Além disso, integra a equipa do “Shotcutz Porto”, um movimento internacional de curtas-metragens onde é responsável pela projeção. No seu currículo, destacam-se trabalhos numa produtora de publicidade em Barcelona, na agência de modelos “Special Factory” e ainda na produtora portuense “Um Segundo Filmes”, onde teve oportunidade de colaborar com os programas “Fotograma” e “Cinemax” do canal RTPN.

No último verão, participou na Feira de Jovens Criadores, na Guarda, com a apresentação de uma noite de curtas-metragens. O regresso momentâneo à cidade nunca está fora de questão. E Hugo Moreira assume mesmo que «é possível fazer cinema em qualquer parte do país». Na sua opinião, é até mais fácil fazê-lo na Guarda. «Aqui não é tão difícil porque as pessoas são mais abertas, não nos pedem dinheiro para filmar no que lhes pertence. Posso dizer que até ficam orgulhosas», adianta. Ainda assim, o jovem admite que «é difícil vender a criatividade» no interior do país. A área artística e criativa na cidade «está muito dependente de privados e tenho consciência de que as empresas do interior têm algum receio de apostar em publicidade vídeo e institucional», explica. Num futuro próximo, Hugo Moreira pretende trabalhar «em dois ou três projetos de ficção e televisão». Além disso, acredita que a Guarda precisa «de mais produção caseira» e está disposto a colaborar nesse âmbito. A formação de jovens na área do cinema e televisão também está nos seus objetivos.

Jovem guardense quer «despertar [nos miúdos da Guarda] o interesse pelo audiovisual»

«Podemos fazer cinema em qualquer parte do
        país»

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