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Pneumologia do Hospital da Guarda sem equipamento básico

O serviço de maior prestígio do Sousa Martins não tem aparelhos de broncofibroscopia porque um avariou há seis meses e o outro na semana passada

Esta semana não é possível realizar exames aos pulmões no Hospital Sousa Martins, na Guarda, e ainda não se sabe quando poderão ser feitos novamente porque os dois aparelhos de broncofibroscopia existentes na Pneumologia estão avariados.

Aquele que é considerado um dos serviços de maior prestígio da unidade guardense trabalhava há seis meses com um único broncofibroscópio porque um outro, adquirido em 2003, deixou de funcionar e não foi substituído. Mas, na passada quinta-feira, também o segundo aparelho, de 2007, avariou inviabilizando a realização de um exame básico de diagnóstico nesta área e de “life saving”. «É um aparelho essencial para a Pneumologia», admite o diretor do serviço, adiantando que a administração da Unidade Local de Saúde (ULS) está «a par da situação há meio ano, quando deveria ter comprado outro mas não o fez e agora não há broncofibroscópio no Sousa Martins». Luís Ferreira refere que a solução passa pela aquisição de equipamento novo «porque o que temos já ultrapassou o limite, está completamente obsoleto». O médico já falou novamente com a administração e disse esperar que o problema «esteja resolvido até ao final desta semana porque assim não temos capacidade para dar resposta».

O broncofibroscópio é usado para detetar lesões nos pulmões e no diagnóstico de tumores e pneumonias, mas também em casos mais simples, como as desobstruções das vias respiratórias. Segundo o diretor da Pneumologia, são aparelhos com prazos de validade «relativamente curtos», que devem ser substituídos com regularidade, mas no Hospital da Guarda «já tinham ultrapassado em muito todos os prazos, pelo que este desfecho era lamentavelmente previsível». Luís Ferreira acrescenta que os exames programados para esta semana foram adiados e reconhece que, «felizmente, não houve casos urgentes porque seríamos obrigados a encaminhar os doentes para os hospitais de Viseu ou da Covilhã». O médico lamenta ainda que «todos se sirvam do passado e do prestígio da Pneumologia, mas que ninguém esteja preocupado com o futuro deste serviço na Guarda».

Luis Martins Diretor do serviço pede equipamento novo «porque o que temos está completamente obsoleto»

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