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PLIE quer máximo do INTERREG

Nerga é chefe de fila de candidatura da primeira fase do projecto

A Associação Empresarial da Região da Guarda (NERGA) vai ser o chefe de fila da candidatura ao programa comunitário INTERREG da construção da primeira fase da Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) da Guarda, orçada no valor de 13 milhões de euros. A decisão foi tomada na última reunião do executivo guardense por unanimidade e visa assegurar o máximo de fundos comunitários possíveis para a PLIE. O município aprovou também o projecto da primeira fase da plataforma e decidiu abrir concurso público para a sua construção na Quinta dos Coviais (Gata).

Um passo «importante» e consensual na Câmara da Guarda a que só falta juntar a desafectação da Reserva Ecológica Nacional (REN) de parte dos terrenos necessários ao projecto, uma matéria que deverá ir a Conselho de Ministros nos próximos meses. Até lá, os promotores esperam ver aprovada esta candidatura ao INTERREG, o que significará uma comparticipação de 75 por cento do investimento global. Entretanto, decorreu ontem no auditório do Nerga um colóquio subordinado ao tema da logística. Promovido pelo Conselho Empresarial do Centro (CEC), Associação Empresarial guardense e autarquia, esta iniciativa juntou especialistas e empresários, bem como alguns governantes [estava prevista a participação dos ministros das Obras Públicas e Economia] para explicar a logística e a sua importância para as empresas. «O projecto é de toda a região Centro, que poderá aproveitar as suas mais-valias e horizontes abertos», sublinha Teixeira Diniz, presidente do Nerga, para quem o seminário pode contribuir para cativar as pessoas para o projecto e atrair mais investidores. No terreno, a aprovação da primeira fase do projecto vai implicar obras em 32 hectares, com 74 lotes, de um total de 100 hectares adquiridos pela Câmara Municipal. Maria do Carmo Borges especificou que a autarquia vai executar esta obra enquanto o Nerga ficará incumbido das questões burocráticas relativas a pagamentos e apresentação de autos de medição.

O projecto, apresentado oficialmente há cerca de quatro anos, é coordenado por Augusto Mateus, ex-ministro da Economia e actual consultor do município. A PLIE é uma sociedade com o capital social de 1,5 milhões de euros, com 11 accionistas: Câmara Municipal, NERGA, Associação de Comércio e Serviços do Distrito da Guarda (ACG), Ecosoros, Gonçalves & Gonçalves, IPE-Investimento e Participações Empresariais, grupo JOALTO, grupo Luís Simões, LUSOSCUT (concessionária da A25 auto-estrada das Beiras Litoral e Alta), Manuel Rodrigues Gouveia e SERVIHOMEM-Prestação de Serviços a Empresas. Vai ocupar uma área de cerca de 100 hectares na Quinta dos Coviais, perto da auto-estrada da Beira Interior (A-23) e do caminho de ferro (linhas da Beira Baixa e Beira Alta), e incluirá áreas destinadas à logística, localização empresarial, serviços de apoio e investigação e desenvolvimento, para o que está prevista a celebração de protocolos com instituições do ensino superior, nomeadamente no âmbito do Centro de Estudos Ibéricos, que envolve as Universidades de Coimbra e Salamanca (Espanha). O presidente do Conselho Empresarial da Região Centro (CEC), Almeida Henriques, chegou a classificar o projecto da PLIE como uma iniciativa de «importância estratégica e grande valor empresarial», garantindo o apoio «inequívoco» daquele organismo ao empreendimento.

Luis Martins

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