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PJ da Guarda deteve suspeito de atirar no próprio tio

Disparo terá sido acidental e levou à apreensão de seis armas de fogo, uma com silenciador

A Polícia Judiciária (PJ) da Guarda deteve na última quinta-feira, na zona do Fundão, um homem de 42 anos suspeito de ter atingido gravemente um idoso, seu familiar, tendo apreendido seis armas de fogo, uma das quais com silenciador.

O caso remonta ao passado dia 10, quando o idoso, de 74 anos, se encontrava a realizar trabalhos agrícolas numa propriedade e foi atingido por uma bala na cabeça. O disparo terá sido efectuado a uma distância de cerca de 140 metros pelo sobrinho, mineiro de profissão, que empunhava uma arma longa, de repetição, de calibre 22 com silenciador. De acordo com o coordenador do Departamento de Investigação Criminal (DIC) da Guarda, «elementos preliminares indicam que não terá existido intenção de atingir a pessoa» por parte do alegado atirador, faltando ainda realizar «algumas diligências complementares» para apurar as circunstâncias em que se deu o disparo. Duas das seis armas, em situação ilegal, estavam na residência do suspeito, enquanto as restantes foram apreendidas na sequência de «diligências feitas junto de outras pessoas», informou Artur Vaz. As residências dos dois homens envolvidos «não distam muito uma da outra», disse ainda o coordenador da PJ da Guarda.

O suspeito não tem antecedentes criminais. Quanto à vítima, o projéctil ficou alojado no interior da caixa craniana e foi retirada mediante intervenção cirúrgica nos Hospitais da Universidade de Coimbra. O homem não só sobreviveu ao disparo como conseguiu, logo após ter sido atingido, regressar a casa para pedir ajuda. Para além das armas, a PJ apreendeu 700 munições, uma alça telescópica e ainda um mecanismo de enquadramento de tiro. O suspeito foi presente a tribunal para primeiro interrogatório na sexta-feira, tendo ficado sujeito à obrigatoriedade de se apresentar regularmente às autoridades.

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