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PJ conclui investigação sobre peculato no Fundão

Ex-provedor da Santa Casa, Manuel Correia, terá sido constituído arguido, assim como familiares

A Polícia Judiciária (PJ) da Guarda anunciou, na passada terça-feira, que concluiu uma investigação onde foram «colhidos elementos indiciadores de apropriação ilegítima de avultadas quantias monetárias» pertencentes a uma instituição de solidariedade social do concelho do Fundão.

De acordo com um comunicado enviado às redacções, foram constituídos seis arguidos e o inquérito remetido ao Ministério Público com proposta de dedução de acusação. Ao que O INTERIOR apurou, a instituição de solidariedade social em causa será a Santa Casa da Misericórdia do Fundão, sendo que a PJ terá proposto a acusação do ex-provedor, Manuel Correia, e familiares. Recorde-se que esta instituição começou a ser investigada em 2008, na sequência de uma queixa apresentada ao Ministério Público pela então comissão administrativa, presidida por Jorge Gaspar, que denunciou alegadas irregularidades detectadas na anterior gestão, entre 1981 e 2007. Na altura, a comissão administrativa encontrou um passivo de sete milhões de euros e anunciou, em conferência de imprensa, que detectou uma conta bancária à margem da contabilidade por onde terão passado mais de 500 mil euros entre 1993 e 2005, bem como falta de informação sobre donativos desde a década de 70, imóveis que não foram registados a favor da Santa Casa e ainda custos excessivos na construção e fiscalização do lar Nossa Senhora de Fátima, inaugurado em 2006.

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