A Polícia Judiciária (PJ) apreendeu um computador e ouviu funcionários da Câmara de Penamacor na sequência de denúncias contra a autarquia, anunciou o presidente do município na última reunião do executivo.
Na passada quarta-feira, Domingos Torrão respondeu a questões colocadas pelos vereadores da oposição, mas não adiantou mais pormenores sobre as diligências da PJ, nem sobre as matérias em causa. Segundo o autarca, a Judiciária está a averiguar assuntos anteriores a Janeiro de 2002, quando era vice-presidente do município. «Não fui ouvido, nem ninguém do executivo. Perguntaram-me apenas se queria colaborar, respondi que estamos de portas abertas», sublinhou Domingos Torrão, revelando que, na semana anterior, alguns funcionários da autarquia tinham sido ouvidos pela PJ no posto local da GNR. Entre as diligências efectuadas, os quatro elementos da Judiciária apreenderam um computador. «Não sei o que lá estava», referiu o edil, acrescentando que a acção da Judiciária teve por base «exactamente o mesmo que se tem passado nos últimos anos: denúncias anónimas».
Domingos Torrão aludiu a correspondência «para a Inspecção-Geral de Administração Local (IGAL), Procuradoria e Polícia Judiciária feita ao longo dos anos» e que também já levou a IGAL à autarquia. «Ainda bem que a IGAL já cá esteve, fez um relatório, exercemos o contraditório e aguardamos agora o relatório final», afirmou, dizendo esperar, «com serenidade, que tudo isto chegue ao fim».
