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Piscinas Municipais da Guarda alvo de reclamações

Horários inadequados e demora nas obras estão entre as queixas dos utentes

Alguns utentes das Piscinas Municipais da Guarda mostram-se descontentes com o funcionamento do equipamento, apontando, entre outros aspetos, a inadequação dos horários e a demora nas obras de melhoramento. Numa carta enviada a O INTERIOR, e publicada no “Espaço Público” desta edição, o utente Paulo Monteiro começa por se queixar dos horários, que são mais alargados no inverno (das 7h30 às 22 horas) em comparação com o verão (das 8 às 20 horas), considerando esta diferença «incompreensível e ilógica». Este munícipe refere ainda que durante a semana, «quem trabalhe até às 19 horas não tem direito a ir à piscina», porque «chega lá e tem de sair da água», por faltar meia hora para o encerramento. Já no inverno, as Piscinas estão abertas até às 22 horas, mas os utilizadores «estão condicionados a uma pista de natação» que têm que dividir com os outros utentes», porque «as outras pistas estão ocupadas com as aulas de natação», pelo que Paulo Monteiro considera «errado» que se «privilegiem as aulas de natação relativamente ao utente geral». Outro ponto que suscita críticas é o facto da piscina interior pequena se encontrar encerrada para manutenção desde julho, quando agora o complexo está fechado até dia 16.

Confrontado com estas críticas, o coordenador-geral do complexo, disse a O INTERIOR que «em termos de horários, é impossível agradar a todos. No inverno abrimos cedo porque temos utentes que vêm à piscina logo de manhã, e encerramos mais tarde porque temos a escola de natação». Já no verão, Luís Poço refere que «nos outros anos chegámos a estar abertos até às 21 horas, e das 19 às 21 não havia ninguém», pelo que o horário atual foi decidido «com base nos anos anteriores». Contudo, o responsável admite que «há funcionários que vão de férias e deixamos de ter capacidade para aguentar períodos maiores». Já em relação ao facto de haver apenas uma pista para todos os utentes, Luís Poço admite que «a escola de natação é prioritária» e diz que «uma pista é para um máximo de 10 nadadores, mas as pessoas não conseguem perceber isso e querem uma pista só para elas». O coordenador refere que «caso a piscina esteja lotada, passa-se para outra, e se houver mais de 10 utilizadores, ocupa-se outra pista», mas diz que «nunca tivemos esse número de utilizadores a essa hora».

Quanto ao encerramento da piscina interior pequena, Luís Poço lembra que «há uma piscina exterior igualzinha, com a única diferença de não ser aquecida», e considera que «um só tanque em seis não faz grande falta». «Defendo até que as piscinas interiores deviam fechar durante o verão, como acontece noutros sítios», acrescenta Luís Poço. O coordenador adianta que a piscina em causa «não tinha manutenção há sete anos» e diz que a demora se deve «aos produtos utilizados, que têm de ficar completamente secos». Luís Poço considera ainda «normal» que o espaço apresente alguma sujidade, pois «tem uso intensivo ao longo de todo o dia». O responsável adianta que há «uma pequena limpeza antes da entrada da escola de natação, mas é superficial» e que «não posso ter pessoal a limpar sucessivamente os balneários até à noite».

Obras permitem poupar água e energia

Desde sábado e até ao próximo dia 16, o complexo encontra-se encerrado para obras, que «separarão de forma definitiva o tanque interior de 25 metros do tanque exterior», esclarece a Câmara da Guarda através do seu gabinete de relações públicas, em resposta enviada por email a O INTERIOR. Segundo a autarquia, esta intervenção fará com que, «na passagem da época de inverno para a de verão, já não será necessário existir paragem, pois para limpar o tanque exterior deixará de ser necessário esvaziar o tanque interior». Este melhoramento permitirá poupar «um número avultado de litros de água aquecida, minimizando os gastos com água, gás, eletricidade e químicos», afirma o município. Quanto à altura de encerramento, a Câmara refere que «foi decidida com base no número de utilizadores por período, concluindo-se que esta é a altura do ano com menor utilização».

O município adianta ainda que a procura das piscinas «tem vindo a aumentar», recuperando os índices de utilização das épocas dos anos de 2005 a 2007. O equipamento recebe cerca de 1.100 alunos na escola de natação e contou este verão com uma média de 200 utentes por dia, «aumentado assim para o dobro do ano anterior», refere a autarquia.

Fábio Gomes Complexo está atualmente encerrado para obras de melhoramento

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