Os dois lados da fronteira encontraram-se na Guarda, na passada segunda-feira, para apresentar a próxima edição da Feira EcoRaia, que se realiza este mês.
O presidente da Associação de Municípios da Cova da Beira (AMCB) justifica a mudança com «a presença dos emigrantes. Vamos ver se vale a pena mudar ou continuar em dezembro», assinalou António Ruas. O também presidente da Câmara de Pinhel acredita que «os industriais já estão em condições de começar por si», o que deverá ser possível depois de «mais uma ou duas edições». As prioridades são a competitividade, sustentabilidade e cooperação territoriais, não esquecendo a marca Lat40, já registada, que inclui «os produtos regionais do lado português e espanhol», indicou António Ruas. A próxima aposta deverá ser uma loja online: «O projeto está a ser desenvolvido há um ou dois anos, espero que vier a seguir o possa pôr em prática», salientou.
Também José Prieto González, da Deputación de Salamanca, sublinha a importância do projeto, «pois a globalização do comércio assim o exige». O responsável defende o certame como «um luxo para os produtores desta franja fronteiriça», tendo como objetivo «afirmar a Beira Interior Norte e Salamanca».
A EcoRaia vai decorrer no Centro Logístico de Pinhel a 24 e 25 de agosto, com o segundo dia a coincidir com o aniversário da cidade. O evento deverá contar com a participação de 64 produtores portugueses e 19 espanhóis de produtos agroalimentares caseiros e ecológicos. A feira é organizada no âmbito do Projeto VIP BIN-SAL 3E, em que são parceiros a Deputación de Salamanca e a AMCB.
Já o centro de divulgação e exposição de produtos, que funcionará em parte do edifício da alfândega de Vilar Formoso e cuja conclusão tinha sido anunciada para este mês, só deverá estar pronto no final do ano. «A obra está a decorrer mas houve atrasos porque há azulejos e esculturas que devem ser preservados, pelo que teve de se remodelar o projeto», disse António Baptista Ribeiro, edil de Almeida.
