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PIDDAC de 68 milhões para a Guarda

Vila Nova de Foz Côa lidera investimento do Estado graças ao Museu do Côa, já o Sabugal apenas pode contar com 90 mil euros

A roleta do Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) para o distrito da Guarda já rolou e a “sorte grande” saiu este ano a Vila Nova de Foz Côa. O município duriense tem previstas intenções de investimento num valor superior a 8,6 milhões de euros, maioritariamente absorvidos pela construção do ansiado Museu do Côa (8,4 milhões). Já a nível distrital, o Estado prevê gastar mais de 68 milhões de euros, menos 1,5 milhões que no ano passado.

Um montante que coloca a Guarda a meio da tabela dos investimentos da administração central, muito à frente de Castelo Branco (62,9 milhões) e Viseu (60,5 milhões). Para 2007, o distrito tem o 12º melhor PIDDAC do país, uma posição que não ocupava há anos. Logo acima encontramos Vila Real (70,1 milhões), Braga (72,3 milhões) e Beja (79,5 milhões). Por concelho, Foz Côa lidera, seguido de Seia (5,7 milhões) e Gouveia (3,9 milhões), enquanto Figueira de Castelo Rodrigo é o quarto município em termos de dotações (2,6 milhões). A capital do distrito só aparece depois, com 1,7 milhões, o dobro do investimento programado para Almeida (864 mil euros). Já Celorico da Beira (634 mil euros) está no meio da tabela distrital, com mais 118 mil euros que os destinados que a Mêda (516 mil euros). Nesta ordem descendente seguem-se Manteigas (495 mil euros), Pinhel (416 mil) e Fornos de Algodres (284 mil). Com uma dotação inferior a 200 mil euros encontramos Trancoso (185 mil euros) e Aguiar da Beira (150 mil). Pior está o Sabugal, onde o Estado só tenciona investir 90 mil euros. Em termos de obras não há grandes novidades. São sobretudo estradas, escolas, centros de saúde e hospitais. Em Aguiar da Beira, a eterna variante arrecada 150 mil euros, enquanto a substituição da EB 2/3 com Secundário custará, em Celorico da Beira, 500 mil euros. Em Figueira de Castelo Rodrigo destacam-se as intervenções nas estradas EN 332, EN 221 e EN 222 que, no seu conjunto, representam um investimento superior a 2,5 milhões de euros.

Já em Fornos de Algodres sobressai um lar de idosos da Santa Casa da Misericórdia, a que foram atribuídos 116 mil euros. Na vizinha Gouveia, a lista inclui a criação de uma EB 1/2 (1,6 milhões de euros) e a conclusão do Centro de Saúde (1,7 milhões), para além da variante, já concluída (349 mil euros). Na Guarda, a administração central prevê investir 800 mil euros na construção do Centro de Saúde e 360 mil no projecto de requalificação/ampliação do Hospital Sousa Martins. A saúde também absorve a quase totalidade da verba destinada a Manteigas, com a remodelação do Centro de Saúde local (485 mil euros). Na Mêda é da ligação entre a EN 102 e a EN 324 que se trata, obra a que foram atribuídos 373 mil euros. Em Pinhel, o novo Centro de Saúde fica com 203 mil euros, enquanto em Seia o “bolo” divide-se pela estrada que liga a Portela do Arão à Lagoa Comprida – que é hoje inaugurada – (3,1 milhões), a construção do hospital local (1,9 milhões) e a variante à cidade (1,5 milhões). Para Trancoso, é o novo quartel da GNR que se destaca com 125 mil euros, muito pouco se comparado com os 8,4 milhões que se pretende aplicar na construção do Museu do Côa em Vila Nova de Foz Côa. Fora desta lista de investimentos estruturantes fica o Sabugal, onde sobressaem 50 mil euros para a conservação do parque escolar do município. Para além destes investimentos, PIDDAC contempla ainda vários projectos que abrangem mais do que um município, caso das estradas (EN 222, EN 226, EN 221 e EN 330), com mais de 8,6 milhões.

Luis Martins

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